Depois de oito dias em coma induzido, a sua equipa anunciou esta segunda-feira a morte do catalão de 45 anos.
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O piloto espanhol Carles Falcón, de 45 anos, morreu esta segunda-feira na sequência das lesões sofridas num grave acidente na segunda etapa do Dakar 2024, que o deixou em coma induzido durante oito dias.
"Carles deixou-nos esta segunda-feira, 15 de janeiro. A equipa médica confirmou que os danos neurológicos causados pela paragem cardiorrespiratória no momento do acidente são irreversíveis", escreveu a sua equipa, TwinTrail Racing, nas redes sociais.
Falcón foi transportado para Espanha a 12 de janeiro num avião de emergência médica e, desde então, ficou nos cuidados intensivos de um hospital não revelado, com o objetivo de respeitar o desejo de privacidade da família. O piloto, que estava a participar no seu segundo Rali Dakar, teve de ser reanimado no local do acidente.
Numa primeira fase foi transportado de helicóptero médico, em estado grave, para o hospital Al Duwadimi, na província de Riade, na Arábia Saudita, onde foi colocado em coma. Pouco depois soube-se que, na sequência da pancada na cabeça, sofreu uma fratura cervical e um traumatismo craniano com edema cerebral.
Entretanto a equipa do ciclista informou, no dia 8, que a operação prevista para reparar a fratura da vértebra C2 tinha sido adiada, uma vez que a prioridade imediata era reduzir o edema. Os médicos confirmaram também outras lesões além das já conhecidas: fratura de cinco costelas, do pulso esquerdo e da clavícula.
Desde 1979 registaram-se 78 vítimas mortais no Dakar, 46 das quais não eram concorrentes. Falcon é o quarto participante e o terceiro motociclista a morrer desde que o evento foi transferido para a Arábio Saudita.
A família e a equipa do piloto catalão pediram que fosse respeitada a privacidade nas cerimónias de despedida, que terão lugar nos próximos dias.