Pinto da Costa sobre Marega: "Mais do que racismo, foi uma prova de estupidez"
Líder azul e branco garante que o atleta maliano tem a "total" solidariedade do clube.
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O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, comentou esta terça-feira o caso dos insultos racistas de que Moussa Marega foi alvo em Guimarães para dizer que "mais do que racismo, foi uma prova de estupidez" o que aconteceu no estádio D. Afonso Henriques.
"O futebol serviu para que não exista realmente racismo. Agora, aquilo foi uma atitude infeliz. Nem sequer posso dizer que as pessoas sejam racistas, foi uma maneira de atingir o Marega. O Guimarães também tem jogadores de outras raças e nunca foram ofendidos. É evidente que foi lamentável, têm de ser castigados exemplarmente para que não aconteça. Mas, mais do que racismo, foi uma prova de estupidez", lamentou o líder do FC Porto.
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Questionado sobre as responsabilidades do Vitória SC e dos clubes nos episódios deste tipo, Pinto da Costa respondeu com uma comparação: "Isto é, sobretudo, um caso de polícia. É como se roubarem a carteira às pessoas na bancada de um estádio, a responsabilidade não é dos clubes, é um ato de polícia."
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Pinto da Costa garante que "a solidariedade do FC Porto para com o Marega é total".
"Não é por ter sido vítima de um ataque racista que nós temos consideração para com o Marega. Em dezembro, recebeu o Dragão de Ouro como reconhecimento pelas suas qualidades como futebolista e como homem". Sobre o pós-Guimarães, o presidente azul e branco garante que "a vida está perfeitamente normal" no seio do clube.
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No domingo, em Guimarães, durante um jogo da 21.ª jornada da I Liga de futebol entre o Vitória de Guimarães e o FC Porto, o avançado maliano dos 'dragões' Moussa Marega abandonou o jogo, após ter sido alvo de cânticos e insultos racistas por parte de adeptos da equipa minhota.
Vários jogadores do FC Porto e do Vitória de Guimarães tentaram demovê-lo, mas Marega mostrou-se irredutível na decisão de abandonar o jogo, tendo acabado por ser substituído, numa altura em que os 'dragões' venciam por 2-1, resultado com que terminou o encontro.
Ao abandonar o relvado, Marega apontou para as bancadas do recinto vimaranense, com os polegares para baixo, numa situação que originou uma interrupção de cerca de cinco minutos.
Na sequência deste incidente, o MP instaurou um inquérito.