Podíamos estar a festejar a conquista do Euro 2020? Fernando Santos admite que sim
Selecionador Fernando Santos falou sobre a última convocatória, conhecida esta segunda-feira.
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A pandemia do novo coronavírus e as pausas nos diversos campeonatos têm influenciado bastante a capacidade física dos jogadores, algo que influenciou a convocatória do selecionador Fernando Santos para o arranque da Liga das Nações, conhecida esta segunda-feira.
"Não tendo os jogadores há tanto tempo convocámos os que conhecem as ideias. Às vezes os jogadores em grande destaque não servem para as minhas ideias", explicou Fernando Santos em entrevista ao Telejornal da RTP.
Questionado sobre se Portugal poderia estar a festejar o Euro 2020 se não houvesse uma pandemia, o selecionador admite que sim, mas sublinha que a seleção nacional nunca é favorita, apenas candidata.
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"Não tenho mais tempo para preparar o Campeonato da Europa. Estes jogos vão servir para lembrar aos jogadores o que queremos e percebermos o que os jogadores podem render neste contexto", afirmou o selecionador.
Apesar de Cristiano Ronaldo estar de férias e a capacidade física do capitão também ser uma incógnita, o treinador não quis deixar de incluir o internacional português na convocatória.
"Há muito tempo que não estamos juntos, mais uma razão acrescida para que o Cristiano esteja connosco. O problema é que neste momento ninguém sabe nada, nem eu nem os outros selecionadores. Como sempre temos como objetivo vencer e era importante ter uma base para isso", justificou Fernando Santos.
A nível pessoal, os últimos meses foram duros para o selecionador. É também por isso que defende que se planeie com cautela o regresso dos adeptos aos estádios.
"Perdi a minha mãe durante a pandemia, foi desumano demais. São coisas que nos vão marcando e nos deixam mais sensíveis. Têm de haver critérios para as aberturas dos estádios", disse o selecionador nacional.
A reforma, por sua vez, é algo em que ainda pensa aos 65 anos.
"Cada vez vejo-me menos a reformar. Neste momento vou estar até 2024, depois disto vou ver se volto a fazer ou não alguma coisa numa seleção. A família, nesse aspeto, sempre me deixou à vontade", acrescentou.