A estreia da tecnologia está marcada para a Supertaça, a 7 de agosto no Benfica - Sp. Braga. Mas haverá outras competições a integradas no modelo, como a Taça de Portugal e a Taça da Liga.
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Portugal é um dos seis países que vai testar o vídeo árbitro na próximas duas temporadas. A candidatura da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) foi aceite pelo International Board, tal como as de Holanda (dentro das competições da Federação), Alemanha (protocolo Federação/Bundesliga), Austrália (principal Liga do país), Brasil (diversas competições sob a égide da CBF) e Estados Unidos (MLS).
Os testes com o vídeo árbitro serão incluídos nas competições da Federação Portuguesa de Futebol (Supertaça e Taça de Portugal, integrando 10 jogos), quer através da Taça da Liga, tal como confirmou esta quinta-feira o organismo que organiza as competições profissionais em Portugal.
O método será utilizado em regime experimental e sem influência nas decisões dos árbitros (resultados não serão públicos), num primeiro período que se vai estender em princípio até ao início de 2017. A partir daí é crível, de acordo com o diretor geral da Federação Portuguesa de Futebol, que já a tecnologia já seja utilizada para ajudar às decisões dos árbitros em situações específicas do jogo.
Se na Taça de Portugal o período de testes do vídeo árbitro tem início a partir dos quartos-de-final da competição até à final, no caso da Taça da Liga aplicar-se-á à fase final da competição.
Tal como explica à TSF Tiago Craveiro, numa primeira fase o vídeo árbitro apenas servirá para recolha de informação que o International Board irá analisar mensalmente. Mas daqui a seis meses pode já não ser assim, dependendo de como vão decorrer os testes iniciais. Este é um processo crescente, até à experiência live, isto é, "até o vídeo árbitro poder influenciar diretamente uma decisão", sustenta o diretor geral da FPF.
No entanto, este parece ser um passo inevitável na arbitragem, ao que a TSF apurou. Tanto assim que no Mundial de 2018, na Rússia, esta tecnologia poderá já será utilizada em pleno.
Sem revelar se está otimista ou pessimista, Tiago Craveiro acredita no entanto que este é um recurso que pode de facto ajudar o trabalho dos árbitros. " Em muitos casos, haverá de resolver alguns problemas. Só tenho que entregar às equipas de arbitragem o máximo que as entidades que superintendem o futebol internacional me permitem para que eles desenvolvam bem o seu trabalho. Depois serão os árbitros a dizer o que sentem sobre a aplicação desta tecnologia. Mas a subjetividade no critério do árbitro vai sempre manter-se".
Por outro lado, a Liga cita em comunicado o presidente do organismo Pedro Proença, sobre a introdução do vídeo árbitro na Taça da Liga. "É um momento único para a Liga Portugal e para as nossas competições podermos estar presentes num projeto deste género, prosseguindo o nosso desígnio de modernização ao nível das tecnologias no futebol".