São 30 pontos e nem precisaram de calculadora. Portugal confirma pleno de vitórias rumo ao Euro
Veja os golos. Seleção nacional garantiu este domingo a décima vitória no grupo J de apuramento, que termina com 36 golos marcados e dois sofridos.
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Longe vai o tempo em que, nas jornadas finais de um apuramento para uma competição de seleções, os portugueses puxavam de uma calculadora e da tabela classificativa detalhada para fazer contas à vida. Desta vez, a aritmética é simples: foram dez jogos e de todos eles saíram três pontos. Que é como quem diz, Portugal somou 30 no Grupo J de apuramento para o Euro 2024, os três mais recentes na noite deste domingo, com uma vitória por 2-0, com golos de Bruno Fernandes e Ricardo Horta sobre a Islândia. Noutras contas, foram 36 golos marcados e apenas dois sofridos.
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A principal novidade no onze desta noite foi a estreia a titular de João Mário, lateral do FC Porto que já tinha somado a primeira internacionalização a meio da semana frente ao Liechtenstein. Outro ponto de interesse era a titularidade de Cristiano Ronaldo, que entrava em campo a precisar de responder ao póquer de Lukaku pela Bélgica, esta tarde, para ser o melhor marcador da qualificação: o belga fez 14 golos, o capitão luso ficou com dez.
Vontade e pendor ofensivo não faltaram, fosse para Ronaldo, fosse para qualquer outro português marcar: logo aos quatro minutos já Otávio estava atirar ao poste esquerdo depois de uma jogada em que Félix se mostrou pronto para abrir o livro. Também, que tem em campo, ao mesmo tempo, jogadores como Bruno Fernandes, Bernardo Silva, Félix e Ronaldo não poderá esperar menos do que isso mesmo: ataque sobre ataque. Lá atrás, Palhinha dava a proteção necessária e lá ia distribuindo jogo a espaços.
A aposta no ataque ia fazendo efeito e Félix esteve muito perto do primeiro golo da noite aos 21', quando apareceu encostado ao poste direito de Valdimarsson a tentar finalizar praticamente sem ângulo. Depois seguiram-se remates perigosos de Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo, que em cima da meia hora cabeceou pouco por cima da trave. Adiou o primeiro golo por cinco minutos.
Bernardo Silva, descaído sobre a direita, deixou de calcanhar para Bruno Fernandes e o médio, da esquina da grande área, atirou cruzado para o 1-0: o homem das assistências - é o rei desta qualificação com oito - chegava ao sexto golo nesta caminhada para a Alemanha. Ainda assim, o golo chegou a Alvalade num momento quase de contracorrente, já que a seleção parecia apostar noutro tipo de jogo, com cruzamentos para Cristiano Ronaldo e João Félix na grande área.
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Portugal baixou ligeiramente o ritmo de jogo até ao intervalo, não voltou a marcar e regressou dos balneários sem alterações. Já os islandeses fizeram uma: saiu Finnbogason, entrou Óskarsson, o jovem de 19 anos que, no verão, fez um hat trick pelo Copenhaga contra o Breidablik, treinado pelo próprio pai, no acesso à Liga dos Campeões.
Passava a ser o homem mais avançado daquele que é o segundo melhor ataque do grupo com 17 golos, ainda assim menos de metade dos 35 - já a contar com o de Bruno Fernandes - que Portugal marcou ao longo desta caminhada. Ou melhor, dos 36.
Foi aos 67', por Ricardo Horta, que a seleção nacional chegou a novo golo. João Félix voltou a dar ares de atrevimento e lançou um remate de defesa difícil para Valdimarsson, que deixou a bola escapar para a relva. Cristiano Ronaldo, que andava por ali, falhou o remate e Ricardo Horta aproveitou para atirar para a baliza deserta.
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Era o início da festa prometida. Portugal caminhava a passos largos para confirmar uma fase de qualificação em que só somou vitórias - dez em dez jogos - e chegou aos 30 pontos. Martínez aproveitou até para partilhar alguma da alegria da festa: fez entrar o regressado Raphaël Guerreiro e o médio Vitinha, seguidos de Bruma e de João Neves, um velho conhecido e uma aposta recentíssima na equipa das quinas que não abdica de prender a camisola nos calções. Saíam Bernardo, João Mário, Félix e Cancelo.
Até ao final, nota para um remate ao poste esquerdo da baliza de Diogo Costa que podia ter permitido aos islandeses festejar também algo. No final, a festa foi mesmo só 100% portuguesa e volta de honra acompanhada de pirotecnia houve.
Onze de Portugal: Diogo Costa, João Mário, Rúben Dias, Gonçalo Inácio, João Cancelo, Palhinha, Bruno Fernandes, Otávio, Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo e João Félix
Onze da Islândia: Valdimarsson, Hermannsson, Ingason, Pálsson, Thórarinsson, Johannesson, Sigurdsson, Willumsson, Gudmundsson, Thorsteinsson e Finnbogason
O jogo foi arbitrado pelo grego Anastasios Papapetrou, assistido por Tryfon Petropoulos e Iordanis Aptosoglou. O VAR foi Aristotelis Diamantopoulos.
Suplentes de Portugal: Rui Patrício, José Sá, Raphael Guerreiro, Toti Gomes, António Silva, Rúben Neves, João Neves, Vitinha, Ricardo Horta, Bruma, Diogo Jota e Gonçalo Ramos
Suplentes da Islândia: Rúnarsson, Ólafsson, Sampsted, Baldursson, Finnsson, Thórdarson, Grétarsson, Ellertsson, Óskarsson (45'), Traustason, Gudjohnsen e Hlynsson