A Itália é em termos históricos uma das principais "bestas negras" da Seleção portuguesa, mas neste seu jogo de estreia na Liga das Nações a jovem equipa de Portugal vai ter pela frente um conjunto ainda mais "verde" nestas andanças.
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A seleção nacional estreia-se esta segunda-feira na Liga das Nações da UEFA. E para suavizar o impacto do batismo de fogo de uma das equipas das quinas mais jovem de sempre na nova competição da UEFA nada como defrontar outra seleção de topo mundial em rejuvenescimento profundo, a Itália.
Os tetracampeões mundiais, depois do desastre que foi a ausência do Mundial2018 (e dos semi-desastres que constituíram a incapacidade de passar a fase de grupos nos campeonatos do Mundo de 2010 e 2014), foram obrigados a começar quase tudo de novo, sob as ordens de um novo selecionador, Roberto Mancini.
No primeiro jogo da Liga das Nações, na passada sexta-feira (com empate em casa perante a Polónia), os italianos utilizaram 10 jogadores com menos de 20 internacionalizações. Aliás, o número médio de internacionalizações dos convocados por Mancini é de 15, contra 19 da seleção portuguesa.
Se do lado português, os mais tarimbados, uma espécie de "pais" do grupo, são Pepe (100 jogos internacionais), Rui Patrício (73) e William (47), do lado italiano são também três: Chiellini (98), Bonucci (81) e Balotelli (36). Em ambas as equipas, todos os outros convocados têm menos de 35 internacionalizações e mais incrível ainda a clara maioria dos futebolistas chamados pelos dois selecionadores possuiu menos de 10 jogos pela respetiva seleção: 15 jogadores entre os italianos e 12 entre os portugueses, ou seja, um total de 27 futebolistas muito verdes em termos internacionais.
Ao contrário do que seria habitual até há muito pouco tempo, a equipa portuguesa até tem neste momento jogadores com mais experiência ao mais alto nível, tomando como exemplo a principal competição de clubes, a Liga dos Campeões. Entre os convocados de Fernando Santos, acumulam-se 324 jogos nesta competição, enquanto na seleção italiana esse número é de 271 partidas.
Claro que se olharmos o jogo desta segunda-feira no Estádio da Luz na perspetiva histórica do confronto entre as duas seleções, a coisa fia muito mais fino para o lado português. Apesar da primeira vitória oficial de sempre de Portugal ter sido perante a Itália (em 1925), o cenário é fortemente negativo: em 25 jogos, 18 derrotas e somente cinco triunfos. Apenas a França nos impôs tantas derrotas em toda a história, mas já vencemos os franceses em seis ocasiões - uma das quais numa final de um Campeonato da Europa.
Já frente a Itália, Portugal apenas ganhou um jogo em competições oficiais, mas acabou sempre eliminado nas fases de apuramento para campeonatos do Mundo (1958 e 1994) e da Europa (1988) que disputou com os transalpinos.
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Mesmo em casa, o saldo é negativo: quatro vitórias e seis derrotas, sendo que o jogo mais recente em solo luso aconteceu em 2004 (1-2, em Braga), na estreia de Scolari como selecionador nacional.
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Apesar disso a equipa das quinas venceu (1-0) o último encontro entre as duas seleções, em 2015, na Suíça, com um golo de Éder, praticamente um ano antes do avançado decidir a final do Euro-2016, em Paris. Note-se que a última vez que Portugal batera a Itália fora em 1976, com dois golos de Nené (2-1), em Alvalade.
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* Comentador TSF