Portugal "sem alma" vai enfrentar Eslovénia "que provou ter algo especial". Como a derrota pode afetar a seleção

No dia seguinte à derrota de Portugal frente à Geórgia no Euro, é tempo de olhar em frente e pensar nos oitavos de final. O adversário da seleção nacional é já conhecido: a Eslovénia, "que provou ter algo especial". Contudo, se Portugal tivesse vencido o último duelo da fase de grupos, iria jogar com a Hungria, "uma das seleções mais acessíveis deste Europeu", afirmou no Fórum TSF o antigo guarda-redes da formação das quinas Beto Pimparel.

Ressalvou, no entanto, que "não é [um duelo] alarmante", realçando que a seleção de Matjaz Kek está "bastante ao alcance de Portugal".

Além disso, "independentemente de já ter o objetivo primário [chegar aos oitavos da competição] alcançado [no momento em que jogou frente à Geórgia]", há um efeito desta derrota no balneário, referiu igualmente Beto: "Primeiro, causa impacto, causa muita frustração, na equipa; depois, nos jogadores, que não costumam ser titulares e que tiveram a oportunidade de jogar, [perder] pode retirar-lhes alguma confiança."

Por sua vez, o antigo internacional português Álvaro Magalhães assinalou que "a mudança no sistema tático com jogadores que habitualmente não jogam juntos, o caso de António Silva, Danilo e Gonçalo Inácio" poderá ter sido um dos problemas da defesa portuguesa. "É que [quando se trata de] treinar um clube, temos tempo para preparar a equipa, na seleção não. Aí é jogar de três em três dias", acrescentou.

"Houve muitos erros e uma equipa sem alma" no duelo frente à Geórgia. Para a partida com a Eslovénia, acredita Álvaro Magalhães, resta a Roberto Martínez voltar à "fórmula original", com Palhinha à frente do quarteto defensivo e Vitinha, Bruno Fernandes, Ronaldo, Rafael Leão e Bernardo Silva nas posições mais ofensivas.

"Os outros são opções. Quando entrarem têm de dar o máximo, foi o que eles fizeram ontem [esta quarta-feira], mas as coisas não correram tão bem", concluiu.