A Federação Portuguesa de Ténis ganhou a candidatura a uma das etapas de qualificação do Mundial, que se realiza em Itália, de 1 a 7 de maio. Em Vilamoura estão 65 atletas em cadeira de rodas.
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Os atletas treinam afincadamente há já alguns dias. São jogadores especiais. Jogam ténis em cadeiras de rodas, mas não se acham diferentes: "É exatamente igual como se fosse uma pessoa de pé, só que a bola pode tocar no chão duas vezes", explica Carlos Leitão.
Carlos ficou paraplégico depois de um acidente de viação. Já foi sete vezes campeão nacional de ténis em cadeira de rodas e tem em Roger Federer o seu ídolo na modalidade. Carlos é um dos quatro atletas da Seleção Nacional que vão disputar o apuramento para a qualificação do mundial.
Das 13 equipas europeias presentes em Vilamoura só uma se qualificará. João Paulo , outro atleta português, embora viva no Canadá, quando se trata de vestir a camisola nacional dá tudo por tudo." Vamos jogar para ganhar", afiança.
Um acidente de trabalho deixou João Paulo paraplégico mas isso não foi suficiente para o fazer desistir: "Descobri o Ténis e mandei uma mensagem para a Federação". Estávamos em 2007 e desde aí não parou de treinar.
Na opinião de Carlos Leitão há uma condição importante para qualquer atleta com deficiência: "A força de vontade. A pessoa não se pode isolar".
Pedro Frazão, diretor da prova que até sábado vai reunir em Vilamoura 65 atletas em cadeiras de rodas, considera que estes jogadores deficientes lhe têm dado uma "lição de vida".
"Às vezes chateamo-nos com coisas menores e quando estamos ao pé deles percebemos que há coisas muito mais importantes", sublinha, adiantando que esta experiência está a ser um ensinamento para todos os que acompanham estes atletas de ténis adaptado.