Portugal vence França e conquista título europeu de hóquei em patins
A seleção nacional venceu os franceses na final por 4-1
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Portugal conquistou no sábado o Campeonato da Europa de hóquei em patins, ao vencer a França por 4-1 na final, em Paredes, recuperando um título que lhe escapava desde 2016, após um arranque negativo na competição.
A seleção portuguesa ergueu o 22.º troféu europeu da sua história, ao superar a equipa francesa, que perseguia o primeiro título continental, numa competição que confirmou a expressão que “não importa como começa, mas sim como termina”.
O combinado luso perdeu os três jogos da fase regular, o que gerou preocupação dentro da modalidade e nas bancadas, mas reagiu nos quartos de final ao vencer Andorra e, depois, afastou a campeã europeia e mundial Espanha, com uma exibição de gala empurrada por um pavilhão que parecia um ‘vulcão’.
Voltou a ser assim hoje de novo, com direito à famosa ‘hola’ mexicana, apesar do expectável bom arranque dos franceses.
O hóquei mais físico dos comandados de Nuno Lopes, traduzido numa agressividade positiva sem bola e grande velocidade nas saídas para o ataque, começou por causar problemas a Portugal e a Xano Edo, mais uma vez irrepreensível na baliza, como na defesa com recurso à máscara a remate de Roberto Di Benedetto, aos quatro minutos.
A França estava mais perigosa, com uma ou outra ameaça maior, mas a rotação de Portugal ajudou a reequilibraras forças e deu confiança aos jogadores.
Rafael Bessa, a jogar em casa, foi o melhor exemplo, ao inaugurar o marcador, aos 15 minutos, numa jogada individual que beneficiou ainda de um ligeiro desvio em Marcx Rouze.
Com este golo, Portugal libertou-se da pressão, com reflexo positivo no rendimento dos jogadores, e os jogadores ganharam confiança, por oposição a uma França que continuava agressiva, acumulando faltas, mas sem revelar a mesma capacidade de ‘ferir’ Xano Edo.
E o segundo golo, aos 19 minutos, marcado por Alvarinho, de livre direto, praticamente traçou o desfecho do jogo.
O desgaste acumulado nos franceses, hoje limitados ao cinco inicial e a Marc Rouze, o único a entrar na rotação, levou-os a recorrer mais às ações individuais, respondendo Portugal coletivamente, com evidentes ganhos.
No arranque do segundo tempo, aos 29 minutos, Zé Miranda foi carregado na área de França e Gonçalo Alves fez o terceiro de penálti.
Seguiu-se um festival de oportunidades para o combinado luso, com Rafael Bessa e Gonçalo Alves a disporem de situações suficientes para elevarem o resultado a números pouco comuns numa final.
A um minuto do fim, já depois de se ouvir novamente o hino português nas bancadas, Luís Querido viu cartão azul, mas a consequente grande penalidade foi parada a dois tempos por Xano Edo.
Na insistência, Bruno Di Benedetto reduziu, em lance validado à posteriori pelo videoárbitro, mas este tento não fez perigar a vitória lusa.
Rafael Bessa, segundos depois, com a França sem guarda-redes na baliza, fez o quarto e confirmou a vitória e o título luso, na despedida de Paulo Freitas do comando técnico da seleção.