Presidente da federação diz que Isaac Nader "quase o matava do coração". Hassan Nader diz que é um ouro "luso-marroquino"

Isaac Nader conquistou esta quarta-feira a medalha de ouro nos 1500 metros dos Mundiais de atletismo e o tio Hassan Nader, antigo jogador do Benfica e do Farense, afirma que este é um título "luso-marroquino".

"Recebi muitas chamadas. Alguns de futebol que jogaram comigo na seleção e no Casablanca ligaram para mim e disseram que viveram este momento e que estavam todos a gritar "vai, vai, vai". Por isso estão todos contentes. Esta é uma vitória luso-marroquina. Também têm as mesmas cores da bandeira, o vermelho e o verde, são coisas em comum. E também como vamos organizar o Mundial 2030, também são coisas bonitas e os marroquinos viveram este momento, estão contentes", disse Hassan Nader à TSF.

O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Domingos Castro, sofreu com a prova: "Eu fiquei tão emocionado que quase caí da bancada. Toda a gente ficou espantada a olhar para mim, porque realmente foi uma prova incrível. Agora, vou dizer uma coisa: ele quase me matava do coração. Aquela parte final, o que me valeu a mim foi eu ter sido fundista e tive resistência para aguentar, porque realmente foi impróprio para cardíacos."

À TSF, Domingos Castro considera que Isaac Nader é mesmo um dos melhores atletas do mundo.

"Sempre disse, desde o princípio, e tenho repetido isto: nós temos atletas em Portugal que são dos melhores do mundo. São iguais àqueles que são os melhores do mundo. Nós também os temos. Como tal, se os nossos são iguais aos melhores do mundo, também temos possibilidades de ganhar medalhas. Eu sempre disse isto e o Isaac é daqueles atletas que tem esse nível mundial e era um dos candidatos a ganhar uma medalha", exalta.

O português Isaac Nader conquistou hoje o título mundial nos 1.500 metros em Tóquio2025, tornando-se o oitavo campeão português em Mundiais de atletismo e logrando o primeiro pódio luso nesta 20.ª edição.

O meio-fundista português, de 26 anos, arrebatou a medalha ao terminar as três voltas e meia à pista do Estádio Nacional do Japão em 3.34,10 minutos, batendo o britânico Jake Wightman, segundo com 3.34,12, e o queniano Reynold Cheruiyot, terceiro com 3.34,25.