José Laranjeira, olheiro da equipa técnica de Jorge Jesus, é uma das testemunhas a ser ouvida hoje.
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José Laranjeira que fazia parte do departamento de prospeção - scouting - recordou em tribunal o momento em que Bruno de Carvalho pediu, na véspera do ataque, para que toda a estrutura comparecesse no dia seguinte em Alcochete. O olheiro contou ao tribunal que viu Bas Dost ferido, mas garante que não assistiu a outras agressões. José Laranjeira, disse ainda que, esteve com Jorge Jesus mas não viu o técnico ser agredido
Foi numa reunião em Alvalade, a terceira do dia, depois de encontros entre presidente, equipa técnica e jogadores. "Ele disse para estarmos lá todos na academia no dia seguinte", recorda José Laranjeira. "O que pensei foi que seria decidida da parte da manhã - 15 de maio - e que à tarde já não seria o mister a orientar os trabalhos. Foi isso que pensei na altura, mais nada", aponta, explicando que nada fazia antever a invasão por adeptos.
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Questionado pelo Ministério Público, José Laranjeira explica que pensou que Bruno de Carvalho iria à academia explicar a decisão de afastar Jorge Jesus e explicar quem seria o responsável no jogo da final da taça com o Desportivo das Aves.
O técnico disse que esteve no balneário durante a invasão, mas entrou no espaço no final "aquilo estava tudo tombado", recorda, descrevendo roupas, equipamentos, ou depósitos de água no chão.
Hoje responsável pelo departamento de scouting do Rio Ave, José Laranjeira notou em tribunal que o ataque foi "aparentemente foi algo organizado".
Para além do antigo diretor de scouting, e atual olheiro do Rio Ave, esta segunda-feira serão ainda ouvidos o futebolista João Palhinha e o funcionário Gonçalo Rodrigues.