Bruno de Carvalho defendeu hoje no Parlamento Europeu que a legislação que regula o futebol precisa de mudanças profundas, nomeadamente ao nível da tecnologia, arbitragem, disciplina, justiça e segurança dos recintos.
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«Falámos de coisas tão importante que vão desde legislação de fundos e agentes, a proteção dos clubes formadores, à violência no desporto e políticas de policiamento, das novas tecnologias ao nível da arbitragem, da forma como o futebol se organiza ao nível da sua disciplina e justiça, foi dentro destas temáticas, sempre levando em linha de conta que é um fenómeno global, que move 70 biliões de euros por ano», afirmou Bruno de Carvalho.
O presidente do Sporting falava aos jornalistas portugueses em Bruxelas, depois de um almoço promovido pela eurodeputada do PSD Maria do Céu Patrão Neves e de ter estado reunido com uma representante do presidente do Parlamento Europeu.
Bruno de Carvalho considerou que o futebol é o fenómeno com «uma grande preponderância económica e social» que deve preocupar-se com «os valores que transmite à sociedade», criticando o que disse ser uma «falta de modernidade, de transparência e rigor» que se vive hoje em dia.
« [Viemos] Trocar impressões e deixar documentos com as nossas propostas, é importante termos uma ideia global do que se quer para uma transformação do futebol», sustentou.
Questionado sobre se espera uma adesão das direções do FC Porto e do Benfica às suas propostas, Bruno de Carvalho advertiu que «todos aqueles que não quiserem provocar essas alterações não olham para o futebol enquanto fator social fundamental», o que «é um erro».
O dirigente leonino notou que as propostas do Sporting «não foram criticadas» porque «são óbvias» e que o clube que dirige «não descobriu a pólvora», apenas «está a querer levar este assunto de uma vez por todas a todas as instâncias para que seja feita a legislação necessária a nível nacional, europeu e do futebol».
«Espero que todos aqueles que acreditem claramente num novo conjunto de regras que propomos se vão juntando, o que é importante é viver num mundo sem hipocrisia, defender as coisas não só com a razão, mas também com alma e coração», declarou.