O presidente demissionário Júlio Mendes queixa-se do "clima de guerrilha" interna no clube minhoto.
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O presidente do Vitória de Guimarães e a restante direção apresentaram esta tarde a demissão do cargo, numa conferência de imprensa. Júlio Mendes queixa-se do "clima de guerrilha" interna no clube minhoto.
"Em dia que deveria ter sido de festa, os festejos foram substituídos pelo insulto e pela postura conspirativa, em que alguns associados manifestaram a sua insatisfação pelo facto do nosso Vitória ter ganho", disse o líder do clube, denunciando o "clima de guerrilha, alimentado por uns poucos que mais não fazem do que apoucar as pessoas que legitimamente eleito".
Júlio Mendes anunciou que já pediu ao presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube para marcar eleições o mais rapidamente possível. "Não podemos almejar o crescimento do clube se internamente não nos conseguirmos unir apesar das nossas diferenças", sublinhou.
Depois de ter sido vice-presidente do clube entre 2010 e 2011, num elenco liderado por Emílio Macedo da Silva, Júlio Mendes assumiu a presidência do Vitória em 31 de março de 2012, numas eleições em que bateu Pinto Brasil.
O dirigente foi reeleito em 2015, numas eleições sem concorrência, e, em 2018, no ato eleitoral mais concorrido da história do clube, em que derrotou Júlio Vieira de Castro, com 52% dos votos.
Júlio Mendes argumentou que a contestação incentivada pela "oposição' à sua liderança desde as últimas eleições até ao jogo em que o Vitória garantiu o quinto lugar na I Liga da época 2018/19, com um triunfo sobre o Moreirense (3-1), em 19 de maio, o levou a tomar a decisão de sair.
O clube da cidade berço terminou a época no quinto lugar da Liga, conquistado apenas na última jornada no dérbi com o Moreirense. Na próxima temporada, o Vitória de Guimarães vai participar na pré-eliminatória da Liga Europa.