Prestação "épica" da seleção "despertou milhões de portugueses" para o andebol como "modalidade de referência"
Em declarações à TSF, Miguel Laranjeiro, líder da Federação de Andebol de Portugal, confessa que existe uma "sensação irónica" a reinar na comunidade desportiva após a conquista da 4.ª posição e explica porquê: "Estamos tristes por não estarmos em 3.º. Mas estamos em 4.º lugar do mundo. Isto é extraordinário"
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O presidente da Federação de Andebol de Portugal considera que a histórica prestação da seleção nacional no Mundial da Noruega "despertou milhões de portugueses" para o andebol como uma "modalidade de referência".
A equipa das quinas chega esta segunda-feira a Lisboa, por volta das 22h00, e traz na bagagem um quarto lugar inédito. O líder da federação espera por isso uma receção calorosa da equipa que conquistou a melhor participação portuguesa de sempre num campeonato mundial.
"Espero que seja recebida como merece ser recebida: com entusiasmo e emoção pela prestação excecional que tiveram", confessa, em declarações à TSF.
Miguel Laranjeiro não esconde o "orgulho enorme" que sente com a conquista da seleção e aponta que isso "despertou milhões de portugueses" para o andebol como uma "modalidade de referência".
"É um orgulho enorme e sentiu-se quer pelas mensagens, quer pelas reações, acompanhamento da comunicação social e audiências na televisão. Creio que houve um despertar de milhões de portugueses para uma modalidade que estava a fazer o seu trabalho, que já tinha atingido níveis extraordinários, mas que, de repente, apareceu ao olhar daqueles que não acompanham tanto desporto ou andebol como uma modalidade de referência", nota.
Portugal terminou na quarta posição o Campeonato do Mundo, ao perder com a campeã europeia França (35-34), no jogo de atribuição da medalha de bronze, em Oslo, sem beliscar a melhor das seis participações na prova (1997, 2001, 2003, 2021, 2023 e 2025).
Face a esta realidade, o líder da federação recorre ao discurso de Paulo Jorge Pereira, treinador de andebol, para expressar o sentimento que reina na comunidade desportiva: confessa que há uma "sensação irónica" com a 4.ª posição e explica porquê.
"Estamos tristes por não estarmos em 3.º. Mas estamos em 4.º lugar do mundo. Isto é extraordinário para uma modalidade coletiva, para um país como Portugal, quer pela dimensão, quer pela cultura desportiva que tem", revela.
Miguel Laranjeiro reconhece ainda que a seleção conseguiu algo "absolutamente épico e histórico" neste Mundial, tendo conseguido ultrapassar seleções como a Noruega, Suécia, Espanha e Alemanha - "que são potências enormes há muitos anos do andebol".
