A primeira jornada da Liga espanhola foi adiada por causa da greve dos jogadores profissionais de futebol. Em causa está a alteração do contrato colectivo de trabalho.
Corpo do artigo
A primeira jornada da Liga espanhola de futebol não se realizará, sendo quanto a segunda ainda está em dúvida.
Depois de um encontro de quatro horas, a Associação de futebolistas espanhóis e a Liga de Futebol Profissional admitiram que não conseguiram chegar a um acordo que evite a greve, apesar de existirem propostas para solucionar o conflito.
As duas partes vão voltar a reunir, este sábado de manhã, para continuarem a discutir o assunto. Em causa está a alteração do contrato colectivo de trabalho.
Em Espanha, ao contrário de Portugal e também da Alemanha, Inglaterra, Holanda e França, os clubes podem inscrever jogadores mesmo que estejam em divida.
A Associação de Jogadores pretende que, partir de agora, os contratos dos futebolistas sejam respeitados quanto aos vencimentos e reclama que sejam pagas todas as dívidas dos clubes aos atletas que, segundo a associação, ascendem aos 52 milhões de euros.
Vários jogadores manifestaram o apoio a esta greve, entre eles os internacionais espanhóis Casillas e Puyol e a Associação Nacional de Treinadores também está do lado dos futebolistas.
Ouvido pela TSF, Joaquim Evangelista, presidente do sindicato dos jogadores portugueses, disse tratar-se de uma forte tomada de posição em defesa da «sustentabilidade» do futebol, destacando as contratações milionárias ao mesmo tempo que as dívidas aos futebolistas já ultrapassam os 50 milhões de euros.
Joaquim Evangelista sublinhou ainda a importância do envolvimento de várias estrelas do futebol mundial nesta greve.