Coreia do Norte e Coreia do Sul unem-se pelo desporto em PyeongChang 2018.
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A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018, esta sexta-feira, ficou marcada pelo pelo desfile unificado das duas Coreias.
No final da passagem das 91 comitivas, as delegações da Coreia do Sul e da Coreia do Norte desfilarem em conjunto, sob uma bandeira branca com o mapa da península coreana desenhado a azul.
As Coreias vão ainda ter uma equipa conjunta no torneio feminino de hóquei no gelo. PyeongChang, com Jong Su Hyon, do Norte, e Park Jong-ah, do Sul entregaram em conjunto a chama olímpica à campeã de patinagem artística Kim Yu-na, que acendeu a pira olímpica, dando início aos Jogos Olímpicos de Inverno.
O líder do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, salientou a "poderosa mensagem de paz lançada a todo o mundo", numa cerimónia onde se ouviu "Imagine", de John Lennon e na qual esteve presente o secretário-geral da Organização das Nações Unidas.
"No contexto atual, é óbvio que há uma enorme atenção dirigida à mensagem de paz na Península Coreana", disse António Guterres, acrescentando que pretende tornar claro que a "mensagem olímpica de paz não é local" e sim "universal".
A comitiva portuguesa, liderada por Kequyen Lam, um dos dois atletas lusos em prova, juntamente com Arthur Hanse, foi a 82.ª a entrar no Estádio Olímpico, mas não fez tanto sucesso entre o público como o atleta tonganês Pita Taufatofua, que desfilou em tronco nu apesar das temperaturas negativas, com a bandeira do seu país, uma ilha tropical do Pacífico Sul.
"Não vou congelar. Eu sou de Tonga. Navegamos pelo Pacífico. Isto não é nada", disse o porta-estandarte de Tonga, aos canais de comunicação de PyeongChang2018.
Destaque também para o desfile da comitiva russa, que entrou sob bandeira neutra, depois de o país ter sido proibido de participar devido a um caso de doping sistemático apoiado pelo governo