Fernando Gago esteve cinco minutos em campo contra o Peru até o joelho ceder. Foi assistido e a conversa com o médico foi gravada. O ligamento estava afetado, mas ele queria jogar. "Deixa-me jogar!"
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O jogo contra o Peru estava tremido, faltava coragem e qualidade aos médios para fazerem os passes verticais que aceleram e desmontam as teias dos rivais. Fernando Gago, natural de Buenos Aires, foi o escolhido por Jorge Sampaoli para entrar aos 60 minutos, com o objetivo de pensar, descobrir espaços e complicar a vida aos organizados peruanos. Cinco minutos depois, o joelho cedeu, ele pediu imediatamente substituição, as lágrimas prometeram cair e ele fez um gesto indicando que algo se partira ou rompera. Trac.
Esteve no chão. Saiu pelo próprio pé depois, deixando a impressão que talvez tivesse exagerado na reação e no pedido de substituição. Lá fora, a equipa técnica tocava-lhe no joelho direito e ia percebendo o pior. O diálogo foi intenso, a maior figura do Boca Juniors, o dono do estádio onde decorria o Argentina-Peru, queria continuar a jogar.
- Dale, seguí! Dejame jugar, Dani! Dejame entrar, boludo, dale!
- Son los cruzados
- No importa!
Ou seja, o médico percebeu ali o que os exames diriam mais tarde: rotura de ligamentos no joelho direito (meio ano de paragem). Mas ele voltou a entrar, atitude que lhe valeria a admiração de muitas pessoas nas redes sociais. O médio de 31 anos queria apenas ajudar aquela gente a ficar mais perto da Rússia, no Mundial do próximo verão. A seguir curvou-se, apoiou-se nos joelhos e aceitou o fado. Não dava. Desistiu.
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