
Filipe Amorim/Global Imagens
Longe do público é a opção mais comum, mas há também quem tenha treino para fazer as necessidades em cima do selim, com um empurrão amigo e muita atenção às pedras e buracos na estrada.
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Fazer as necessidades em cima da bicicleta não é tarefa fácil. Às vezes, a paragem do líder de equipa torna-se complicada, com as outras equipas a aproveitarem o momento para acelerar. Por isso, explica João Benta, corredor da RP-Boavista, é preciso prática para fazer as necessidades em cima da bicicleta. "Um colega empurra, só para auxiliar, para que a bicicleta não perca velocidade, mas é preciso atenção aos buracos e pedras na estrada".
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Ainda assim, a grande maioria dos ciclistas opta por fazer as necessidades parado, no início da etapa, quando tudo está mais calmo. O grande truque, explica Daniel Mestre, da Efapel, é não ter público por perto para evitar as multas. "Puxamos um pouco o calção para baixo, sacamos da ferramenta para fora e fazemos ali a necessidade. É assim a vida do ciclista".
Em cima ou fora da bicicleta, é uma realidade a que nenhum ciclista escapa. Afinal, a Volta a Portugal acontece em pleno agosto e o calor obriga a que cada corredor, em média, beba cerca de quatro litros de água por etapa.
O comissário Cláudio Guimarães, um dos árbitros do ciclismo, explica que se trata de um comportamento incorreto, uma má imagem para a modalidade, que dá direito a uma multa de 50 a 200 francos suíços, dependendo da gravidade da infração. "Há alguns que gostam de provocar e fazem de propósito".
Se ficou preso no facto de a multa ser em francos suíços, a explicação é simples: é na Suíça que está sediada a UCI, a União Ciclista Internacional, a FIFA da modalidade.