Os atentados de Paris e o efeito do medo no mundo desportivo são tema obrigatório na imprensa e na revista de imprensa desportiva desta segunda-feira.
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Por ele não voltava. Ele é David Luiz. Estava no Brasil, mas voltou. Pensou na namorada, nos amigo e no contrato que tem com o Paris Saint-Germain e voltou à cidade que recusa perder a Luz.
David Luiz diz que apesar do medo "é preciso conviver com isto porque vamos ter de sair e trabalhar". Isto são os atentados que mataram mais de 130 pessoas.
"Que raio de mundo é este", desabafa o diretor-adjunto do Record, Bernardo Ribeiro, que confessa não saber como explicar isto aos filhos e hoje pede desculpa por não falar de Jesus, de Rui Vitória ou de Lopetegui.
Também seria interessante debater as seleções nacionais, a carreira dos sub-21 e as hesitações dos AA com e sem Ronaldo ou do regresso de Vanessa Fernandes. Mas no editorial da Bola Santos Neves considera que seria "absurdo" quando acima de tudo isto estão "a dor e a revolta ".
Assunto obrigatório ainda no editorial do jornal O Jogo que sublinha o medo que se instalou para o Europeu de França e para milhões de pessoas que vão andar à volta dos estádios de futebol.
José Manuel Ribeiro desafia a União Europeia a dar garantias, criticando Bruxelas pela atitude nestes anos de crise económica mas também "pela omissão sistemática (...) na politica internacional que ajudou a que pragas como o Estado Islâmico pudessem desenvolver-se".
Na primeira página do Mundo Deportivo há um alerta máximo. A seleção de Espanha chega hoje a Bruxelas para o jogo de amanhã com a Bélgica debaixo de fortes medidas de segurança.
Na seleção espanhola, ninguém vai sair do hotel mas Nolito desafia o receio e diz que "não se pode viver com medo".
Amanhã, mochilas e bolsas não entram no estádio. Na Bélgica, foram detidas 7 pessoas suspeitas de envolvimento nos atentados de Paris.
A Gazzetta dello Sport garante que o futebol, o ténis, o basquetebol, o voleibol, a Fórmula 1, todos os desportos estão com Paris e amanhã, quando a Inglaterra e a França jogarem em Wembley, nessa altura, escreve o Daily Mirror, os ingleses vão cantar pela França, vão também cantar a Marselhesa.