Jorge Jesus foi questionado sobre o caso da interrupção do jogo Paris Saint-Germain-Basaksehir e disse que prefere não falar sobre o que não ouviu.
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O treinador do Benfica, Jorge Jesus, prefere conter-se quanto a comentários sobre a interrupção do jogo Paris Saint-Germain-Basaksehir devido a acusações de racismo do quarto árbitro. Jorge Jesus foi questionado sobre o caso, esta manhã, e disse que prefere não falar sobre o que não ouviu.
"Não sei o que é que aconteceu. Não sei o que é que se falou, o que é que se diz, mas hoje está muito na moda isso do racismo. Como cidadão tenho o direito de pensar à minha maneira e só posso ter uma opinião concreta se souber o que é que se disse naquele momento", começa por dizer.
Jorge Jesus vai mais longe e diz que "hoje qualquer coisa que se possa dizer contra um negro é sempre sinal de racismo. Pode-se dizer a mesma coisa contra um branco já não é sinal de racismo."
"Está-se a implantar essa onda no mundo e se calhar até houve, como é óbvio, algum sinal de racismo face às declarações que se tiveram com esse treinador, mas eu não sei o que é que disseram", sustenta.
O incidente ocorreu quando o quarto árbitro, o romeno Sebastian Costantin Coltescu, deu sinal ao árbitro principal, o compatriota Ovidiu Hategan, para expulsar o treinador adjunto do Basaksehir Pierre Webo, tendo-se este queixado que Coltescu utilizou a expressão "negro", recusando-se a sair do campo.
Após vários minutos, o staff da equipa turca e os jogadores, seguidos pelos do PSG, decidiram abandonar o relvado, numa altura em que o jogo estava empatado 0-0 e o presidente do clube turco, Göksel Gümüsdag, disse que os jogadores só voltariam hoje ao terreno de jogo se Coltescu não voltasse.