Veja os golos. Expulsão de Gyökeres deixou os leões a jogar com menos um ainda antes dos dez minutos de jogo.
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O Sporting empatou esta quinta-feira 1-1 com os polacos do Raków num jogo em que ficou reduzido a dez logo aos oito minutos por expulsão com vermelho direto de Gyökeres. Coates ainda marcou na sequência de um pontapé de canto, aos 14', mas o assalto final dos polacos à baliza leonina valeu-lhes o golo do empate aos 79', numa jogada que começou por ser um livre dos portugueses no meio-campo polaco e depressa se tornou num manual do que não fazer numa transição defensiva.
Com este resultado, o Sporting chega aos quatro pontos e ocupa o segundo lugar do grupo D, mas deixou-se apanhar pelos austríacos do Sturm Graz, que também empataram com a líder do agrupamento, a Atalanta, que agora tem sete.
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Os leões tentavam neste jogo reagir à derrota caseira com os italianos na última jornada, mas viram o seu poder de fogo ser reduzido logo aos sete minutos. Viktor Gyökeres pisou o capitão dos polacos, Arsenic - que teve de ser substituído -, depois de um lance em que ambos discutiram a bola e, chamado pelo VAR a ver as imagens, o árbitro Papapetrou mostrou o vermelho direto ao sueco.
A solução de Amorim foi soltar Edwards na frente do ataque, puxar Pote do corredor esquerdo mais para o centro e pedir a Morita que assumisse o espaço que sobrava, sempre com Hjulmand nas costas, isto em momento ofensivo. A defender, o Sporting organizava-se num 5-2-2.
E no primeiro canto que teve, organizou-se para um golo. Pote foi ao lado esquerdo bater a bola parada e Coates, ao primeiro poste, cabeceou para o fundo das redes aos 14'.
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A aposta prometia continuar a dar frutos: nos dois pontapés de canto seguintes que teve - em apenas cinco minutos - conseguiu sempre ameaçar os polacos, e isto sem sofrer grandes calafrios, apesar de jogar com menos um.
O primeiro grande alerta acabou por acontecer já depois dos 30', quando os polacos entraram nas costas de Esgaio e um cruzamento encontrou Rundic em cima da marca de grande penalidade. Quis fazer o golo de primeiro, falhou a baliza. No minuto seguinte repetiram-se a história e o desfecho, mas Yeboah foi o protagonista.
Até ao intervalo, o momento de maior emoção acabou por ser uma discussão e troca de empurrões entre Pote e Kochergin, que se queixou de ter sido atingido na cara pela mão de Diomande e acabou por ir atrás do costa-marfinense, entrando de carrinho sobre este. Deu em amarelo para o ucraniano.
Já a segunda parte começou logo com uma grande, gigante - enorme até - oportunidade para os polacos. A pouquíssima distância da linha de golo e já sem Franco Israel na jogada, Jean Carlos, desmarcado por um passe de morte de um colega de equipa a partir da esquerda, conseguiu falhar a baliza.
Apesar do falhanço, o Raków não deixou de tirar o pé do acelerador e instalou-se no meio-campo do Sporting desde muito cedo na segunda parte. Amorim esperou pela hora de jogo e lançou Paulinho e Catamo em jogo, abdicando de Edwards - sozinho na frente desde a expulsão de Gyökeres - e de Pote. Se o avançado português foi lá para a frente servir de referência, Catamo colocou-se à frente de Esgaio no corredor direito, embora um pouco mais chegado ao corredor central do que o habitual.
Se o plano era fechar melhor o lado esquerdo do ataque polaco, não estava a resultar. Tanto Plavsic como Cebula iam surgindo por lá: o primeiro fez aos 64' um remate que assustou Franco Israel ao falhar a trave por pouquíssimos centímetros, o segundo arrancou um amarelo a Diomande numa jogada daquelas em que ou passava a bola, ou o homem, caso contrário isolar-se-ia, embora junto à linha lateral.
Dawid Szwarga, o treinador do Raków, decidiu tentar o assalto final nos últimos 15 minutos de jogo. Tirou os extremos Cebula e Yeboah do campo, reforçou o meio-campo com Nowak e atirou Piasecki lá para a frente, entregando também um bilhete a Tudor, que era capitão de equipa desde que Arsenic saira após a lesão no lance com Gyökeres.
Resultou: num livre direto que o Sporting optou por bater de forma conservadora com um passe para trás, Esgaio acabou por entregar a bola aos polacos. Em poucos passes chegaram à grande área do Sporting, Kochergin apareceu nas costas de toda a defesa - e em especial de Esgaio, de novo - e, num gesto que foi meio passe, meio remate, a bola chegou a Piasecki, que só teve de encostar. No minuto seguinte Nowak ainda fez novo golo, mas a jogada foi anulada por fora de jogo.
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O cerco polaco estava instalado. Houve cruzamento atrás de cruzamento, houve uma saída sem braços de Franco Israel - que se fez à bola de cabeça -, houve passes dentro da grande área sportinguista que nunca deviam - nem podiam - existir e só não se viu o golo da reviravolta polaca porque Coates resolveu o que podia.
Onze do Raków Częstochowa: Kovacevic, Rundic, Berggren, Tudor, Yeboah, Plavsic, Crnac, Arsenic, Racovitan, Kochergin e Cebula
Onze do Sporting: Israel, Diomande, Coates, Gonçalo Inácio, Esgaio, Morita, Hjulmand, Matheus Reis, Pote, Edwards e Gyökeres
O jogo foi arbitrado pelo grego Anastasios Papapetrou, auxiliado por Tryfon Petropoulos e Iordanis Aptosoglou. No VAR esteve Angelos Evangelou e no AVAR Aristotelis Diamantopoulos.
Suplentes do Raków Częstochowa: Tsiftsis, Lederman, Kovacevic, Jean Carlos, Nowak, Malamis, Papanikolaou, Kittel e Piasecki
Suplentes do Sporting: Adán, Callai, Nuno Santos, Luís Neto, Dário Essugo, Trincão, Paulinho, Catamo, Fresneda, Daniel Bragança e Quaresma