Recebido em festa, João Almeida aponta ao caminho de Joaquim Agostinho com Volta a França no horizonte
Com dezenas de pessoas à espera, João Almeida não escondeu a alegria pelo terceiro lugar na Volta a Itália. Mas o ciclista português já aponta a outras montanhas.
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Por entre abraços a familiares e amigos, João Almeida é interpelado por um pedido de autógrafo. Uma camisola encarnada antiga, ainda assim de cor viva, prende por momentos o olhar do ciclista português, o mais bem-sucedido de sempre na Volta a Itália. É explicado a João Almeida que aquela camisola já esteve colada ao corpo de Joaquim Agostinho na subida ao Alpe d"Huez.
"Já disse em reunião à equipa que quero ir à Volta a França. O meu objetivo é continuar a crescer", explica João Almeida. Mas a equipa tem uma palavra a dizer? "Se eu entender que vou eles vão apoiar-me, essa questão não se coloca", explica o ciclista de A-dos-Francos.
A ida para França no próximo ano significa que a Volta a Itália de 2024 não deve ter João Almeida.
"São muito juntas uma da outra, seria difícil estar a um bom nível nas duas, melhor focar-me só numa", aponta.
De Itália, o ciclista português acaba de arrancar um terceiro lugar. "Só depois da última etapa em Roma parei para olhar para os tempos", explica João Almeida. A diferença para os dois primeiros foi curta, mas ainda assim, o atleta português admite que há margem para melhorar.
Até final da temporada João Almeida vai ainda "lutar por um lugar no pódio" da Volta a Espanha. Depois há campeonatos do mundo e o regresso à Volta à Polónia, prova que João Almeida já venceu na carreira. Mas há também algum tempo para descansar, regressar a casa, retomar uma alimentação sem as restrições do período competitivo, depois de três semanas de massa e arroz.