O aviso é da PwC, a empresa responsável pela auditoria da Sporting SAD. A administração leonina contesta.
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A auditoria da PricewaterhouseCoopers (PwC) tem a data de 12 de junho e é citada pela Sporting SAD num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A consultora alerta para "uma ameaça concreta em relação à continuidade das operações" da sociedade.
A PwC justifica lembrando que as recentes rescisões são de jogadores "considerados como sendo dos mais valiosos em termos de mercado" e que o Sporting não vai poder receber o valor de venda destes profissionais no curto prazo.
O impacto da rescisão dos jogadores na gestão do risco de liquidez da Sporting SAD é motivo para a PwC defender que as operações da SAD estão sob ameaça.
O Sporting contesta estas conclusões. No comunicado enviado à CMVM, a administração leonina sublinha que, apesar das rescisões, a sociedade continua a deter os diretos desportivos e federativos de um leque considerável de jogadores que asseguram o mesmo nível de desempenho desportivo de épocas anteriores.
É também sublinhado que as rescisões acabam por contribuir para uma descida acentuada dos gastos com pessoal e que no futuro a SAD do Sporting espera vir a ser ressarcida pelos jogadores que agora rescindiram e pelos clubes que os venham a contratar já que entende a atual administração leonina não existe justa causa para a cessação destes contratos.
Desde os incidentes na Academia de Alcochete, nove jogadores já rescindiram contrato com o Sporting: Bas Dost, Bruno Fernandes, Daniel Podence, Gelson Martins, Rui Patrício, Rafael Leão, Rodrigo Battaglia, Rúben Ribeiro e William Carvalho.