
Ricardo e Quim defedem «remates» dos jornalistas em conferência de imprensa
Os guarda-redes da selecção portuguesa de futebol, Ricardo e Quim, defenderam esta segunda-feira com «punhos de aço» uma avalanche de questões a propósito da titularidade no Europeu e quase sempre afastaram pela linha de fundo os remates desferidos pelos jornalistas.
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Presentes na conferência de imprensa diária do estágio em Viseu, os dois guarda-redes da «era Scolari» desviaram-se das questões mais «perigosas» e optaram por sublinhar a importância do colectivo e não do individual.
«Vou continuar a trabalhar para jogar, como tem acontecido quase sempre. Tenho muito orgulho em representar a selecção e sei também da responsabilidade que isso envolve. Mas o mais importante é o colectivo. O que o mister decidir, por mim, está bem», disse Ricardo, agora a alinhar no Betis de Sevilha.
Quim, mais ágil na baliza do que na defesa às questões da comunicação social, afirmou sentir-se feliz só pelo facto de estar presente no grupo de 23 eleitos para o Europeu e, apesar de reconhecer que na selecção as «coisas não têm corrido bem», mostrou-se consciente e desejoso de continuar a trabalhar para «ajudar a selecção».
O actual guarda-redes do Benfica, suplente «histórico» de Ricardo na selecção das «quinas», disse ainda sonhar com a presença na final de Viena, única forma de, pelo menos, repetir o conseguido no Euro2004, realizado em Portugal.
«Estamos esperançados em fazer igual ou melhor ao alcançado no último Europeu. Vamos fazer jogo a jogo e tentar chegar à final», assumiu Quim, explicando, tal como Ricardo, total despreocupação sobre a tão badalada questão da liderança na equipa portuguesa.
Ao lado de Quim, Ricardo surgiu bem disposto, apesar da concorrência feroz pelo lugar na baliza, falou das virtudes do seleccionador português, o brasileiro Luiz Felipe Scolari, e ainda teve tempo para segurar com firmeza nova questão traiçoeira, a propósito da época difícil vivida em Sevilha.
«A maior virtude do mister? Talvez a esposa dele fosse a mais indicada para responder. Mas penso que a emoção, a força, a intensidade e a paixão que coloca em tudo o que faz seja a sua maior virtude», afirmou, explicando ainda sentir-se melhor guarda-redes hoje, depois da passagem por Espanha.