Nos três meses que antecederam as Olimpíadas, estima-se que pelo menos 126 pessoas morreram em operações policiais no Rio de Janeiro.
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Há um ano e cinco meses, Vítor Santiago escapou por um triz. O carioca voltava para casa com os amigos quando a polícia atirou no carro em que seguiam. Perdeu uma perna e ficou paraplégico. O Ministério Público ameaça arquivar o caso.
Vítor é uma das vítimas de violência policial no Complexo da Maré, um conjunto de 16 favelas onde vivem 140 mil pessoas. Desde o Mundial em 2014 e agora os Jogos, o exército ocupou o bairro.
Segundo os números da Amnistia Internacional, entre 2009 - ano em que o Rio se tornou cidade-sede dos Jogos - a polícia matou mais de 2.600 pessoas na cidade.
O Ministério Público ameaça arquivar o caso, que é apenas mais um, entre centenas de denúncias de violações de direitos humanos no Rio.
No dia em que a TSF visitou o Complexo da Maré, pelo menos quatro pessoas morreram durante uma operação policial.