Há um ano, por esta altura, os atletas já competiam nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. No entanto, um ano depois, a maioria das infraestruturas está ao abandono ou não tem utilidade definida.
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Um artigo da Agência Brasil refere, por exemplo, que as instalações olímpicas que integram o Parque Olímpico da Barra não têm uma programação permanente e apenas foram realizados ali eventos pontuais. Quatro das instalações estão sob administração do governo federal: as arenas 1 e 2, o Velódromo e o Centro Olímpico de Ténis.
Também o Parque Radical está encerrado desde dezembro, apesar dos planos para se tornar uma da área de lazer para a população menos favorecida do Rio de Janeiro. E a estrutura da Arena do Futuro, que seria usada para a construção de quatro escolas da rede municipal, ainda está no mesmo local por falta de recursos financeiros.
Quanto ao lago artificial construído para os Jogos Olímpicos, a manutenção custa todos os meses 200 mil euros, mas as águas permanecem turvas e poluídas.
No Parque Aquático, as piscinas foram retiradas pelo Exército em fevereiro e a piscina de três metros de profundidade foi doada ao Centro de Capacitação Física do Exército, no Forte São João, na Urca, zona sul do Rio. A outra, que era usada pelos atletas para aquecimento, está guardada pelos militares, ainda sem destino definido. No entanto, as bancadas ainda permanecem no local, à espera que a prefeitura as desmonte.
Já o palco da cerimónia de encerramento - o Complexo do Maracanã - custou mais de 300 milhões de euros, mas tem sido pouco ou nada utilizado e está, neste momento, num impasse jurídico com a Odebrecht, que está a ser investigada na Operação Lava Jato.
Uma das exceções tem sido o Parque Olímpico de Deodoro, que agora alberga os centros nacionais de tiro, pentatlo moderno e hóquei, o parque equestre e a Arena da Juventude, onde já decorreram 28 eventos e até dezembro estão previstos outros 30 eventos.