Risco premeia Hungria que vence Escócia com golo aos 90+10 minutos. Veja o golo

A Hungria venceu no domingo a Escócia por 1-0, na terceira e última jornada do Grupo A do Euro2024 de futebol, com um golo aos 90+10 minutos, que premiou os riscos que correu na última meia hora.

A Escócia, que teve claro ascendente na posse de bola na primeira parte e dividiu o jogo na segunda, acabou por sofrer um duro revés na última jogada do desafio, mas a verdade é que o seu guarda-redes, Angus Gunn, já tinha evitado na parte final da partida dois golos feitos da Hungria com duas fantásticas intervenções.

O golo que decidiu a partida surgiu na derradeira jogada do desafio, numa altura em que o jogo estava completamente partido, com as duas equipas a arriscarem tudo e a abriram imensos espaços nos dois meio campos, ainda que a Hungria tivesse tido as melhores oportunidades para marcar.

O autor da proeza foi Kevin Csoboth, futebolista que esteve vários anos nas camadas jovens do Benfica, ao fazer o que nenhum outro jogador foi capaz, com um remate à entrada da área a concluir uma jogada de contra-ataque, após a Escócia ter tido um pontapé de canto a seu favor e criado uma situação de 'frisson' na área magiar, com Roland Sallai a fazer a assistência.

Com este golo, os húngaros 'roubaram' o terceiro lugar e eliminaram a Escócia, mantendo-se na corrida aos oitavos de final, sendo que até poderão defrontar Portugal.

A Hungria foi melhor na segunda parte, por ter assumido o risco, forçado pela circunstância de estar em último lugar do grupo, mas a Escócia não só entrou melhor no jogo, mais agressiva e mais ativa na procura do golo, como forçou os húngaros a defenderem em bloco médio-baixo em toda a primeira parte.

No entanto, esse ascendente da Escócia não se traduziu numa única oportunidade clara de golo, pecando por exagerar nos cruzamentos para a área, onde a defesa húngara teve sempre supremacia, acabando por pertencer à Hungria a melhor situação de golo, aos 41 minutos, com o central Willi Orbán a falhar o golo que parecia fácil, de cabeça, ao segundo poste.

Na segunda parte, a Hungria começou gradualmente a assumir cada vez mais riscos, com o jogo a partir-se, e a equipa magiar sempre mais perto do golo à medida que se aproximava do fim, sobretudo no último quarto de hora, com o guarda-redes do Norwich, Angus Gunn, a cotar-se como o melhor em campo, enquanto os atacantes húngaros acusavam a responsabilidade no momento de finalizarem as jogadas, com algumas perdidas de deitar as mãos à cabeça.

No fundo, o golo de Csoboth na derradeira jogada acabou por colocar justiça no resultado, embora a Escócia, pelo seu tradicional espírito de combate e pela assunção de um jogo ofensivo, que manteve até final, mesmo quando o golo húngaro parecia iminente, merecia não sair derrotada.

A Hungria terminou o Grupo A em terceiro lugar, com três pontos, à frente da Escócia, que ficou em último, com um apenas, com a seleção anfitriã, a Alemanha, que hoje empatou a um golo com a Suíça, a conquistar o primeiro lugar, com sete pontos, a frente da seleção helvética, com cinco.