A RTP vai ficar com a Liga dos Campeões que, «apesar de ser um investimento muito elevado, é um grande produto televisivo», e está disponível para sublicenciar o Mundial de futebol aos privados, disse hoje o presidente da empresa.
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«A RTP vai ficar com a Liga dos Campeões, vamos honrar os compromissos com a UEFA», afirmou Gonçalo Reis à Lusa, que garantiu que esta é a «posição definitiva» da empresa.
«Vamos ficar com a Liga e não vamos sublicenciar», salientou, acrescentando que, apesar dos direitos de transmissão da 'Champions' representarem um «investimento muito elevado», este é «um grande produto televisivo».
O impacto deste evento desportivo nas audiências «é brutal», disse, referindo que a audiência média dos jogos atinge os dois milhões de espetadores.
«Historicamente é um produto da RTP», adiantou o presidente do Conselho de Administração da empresa, sublinhando que a televisão pública «tem condições únicas para tirar melhor partido do evento».
«A Liga dos Campeões [de futebol] está no DNA» da empresa e o objetivo é rentabilizar este investimento.
No entanto, Gonçalo Reis é claro: «Rentabilizar totalmente vai ser difícil», dado o valor de investimento, que é de cinco milhões de euros por ano, num total de 15 milhões de euros.
«Vamos fazer uma cobertura alargada, incluindo rádio, televisão, 'online'», disse.
Este é um «sinal de que a RTP está no mercado», afirmou Gonçalo Reis, acrescentando ainda: «Estamos disponíveis, nos grandes eventos como o Mundial de futebol, a retomar a tradição, num modelo a definir, de partilha ou sublicenciamento com outros operadores privados".
Nestes casos, como por exemplo os Mundiais de 2018 e 2022, «a RTP será sempre o principal operador», disse.
A RTP já manifestou esta intenção aos operadores privados.
«A nossa postura é de que estamos disponíveis para estudar formas de, em grandes competições que a RTP tenha os direitos, sublicenciar ou partilhar», tal como já aconteceu anteriormente com o Europeu de futebol de 2004, afirmou.