
Rui Rangel, candidato à presidência do Benfica
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O candidato à presidência do Benfica afirmou, esta noite, que o tempo de Luís Filipe Vieira chegou ao fim e atacou José Eduardo Moniz, por ter passado para o outro lado da "barricada".
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Na apresentação da sua lista de candidatura às eleições à presidência do Benfica, marcadas para 26 de outubro, Rui Rangel afirmou que, na última década, os sócios "encarnados" deram «suor, lágrimas, sofrimento, um capital de confiança único, paz e condições para que esta direção fizesse uma equipa ganhadora», mas esta «falhou», razão pela qual «não é mais possível pedir outro mandato de quatro anos».
«Dez anos sem apostar na formação, não deixando espaço para os novos talentos e jogando com onze estrangeiros: o Braga já tem mais jogadores convocados para a seleção do que o Benfica», referiu Rui Rangel, que não se ficou pela análise à parte desportiva do mandato do atual presidente.
O candidato criticou «o passivo galopante, que ascende a 500 milhões de euros, e os custos financeiros na ordem dos 17 milhões de euros por ano», lembrando que aquele «está fora do balanço» que consta no fundo "Stars Fund" e que empurra o Benfica para «uma plataforma sem autonomia financeira».
Nesta vertente, Rangel denunciou «o conflito de interesses evidente» entre «um participante do fundo, a Ongoing, e um candidato a vice presidente», numa alusão a José Eduardo Moniz, que integra aquela empresa e a lista de Luís Filipe Vieira.
De resto, não poupou José Eduardo Moniz: «Este, o soldado tardio que não deveria ter virado as costas, mas que se esqueceu do Movimento [Benfica Vencer Vencer] e que não cuidou da lealdade. A lealdade é uma prática de vida e não uma circunstância de conveniência».
Ainda sobre Moniz, Rangel referiu «a luta dos direitos televisivos do Benfica, cuja renegociação é «demasiado tentadora para ficar nas mãos de pessoas que gostam mais do negócio e menos do Benfica».