Tiago Pires acompanhou a prova épica de Frederico Morais e explica a importância da chegada à final da etapa sul-africana para o surfista português.
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Tiago Pires viu Frederico Morais fazer história e superar o seu registo - três terceiros lugares - ao chegar à final da etapa sul-africana da liga mundial de surf. Um excelente resultado, que qualifica Kikas para a edição do próximo do circuito. Pensamento redutor? "É um salto muito importante que o vai consolidar como um atleta que se mantém na elite para o próximo ano. É um pouco diminutivo falar na manutenção e não atacar o top 5 ou o top 10, mas o primeiro ano no circuito é difícil e o Kikas tem provado o contrário. É o embaixador número 1 do país no surf mundial".
Quanto às condições poucas vezes vistas na Liga Mundial de Surf, com ondas que durante toda a semana permitiram notas quase perfeitas, Tiago Pires (Saca) remete para o deus do mar. "Tive cinco ou seis vezes a competir em J-Bay e infelizmente nunca tive a oportunidade de apanhar ondas tão boas. Este campeonato foi prendado com ondas boas, condições perfeitas do início ao fim, o que é muito raro no surf profissional. Neptuno prendou-os com condições de gala, não se podia pedir melhor".
Para Saca, Portugal tem todas as condições para continuar a evoluir no surf e esta prestações de Frederico Morais foi mais uma prova disso. "Temos um desporto que está bem entregue em Portugal. Temos organizadores de eventos muito capazes, uma federação organizada, e provavelmente as melhores ondas da Europa. Só temos de continuar a fazer o nosso trabalhar e acreditar que daqui a uns anos teremos campeões mundiais".