Sanções a Abramovich suspendem venda do Chelsea. Adeptos preocupados com trabalhadores do clube
Dan Smith, porta-voz da Associação Oficial dos adeptos do Chelsea, revelou na TSF que "no domingo diante do Newcastle, o estádio do Chelsea vai ter apenas meia casa".
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O governo britânico anunciou esta quinta-feira novas sanções contra sete oligarcas russos, incluindo o dono do Chelsea, Roman Abramovich, e o antigo sócio, Oleg Deripaska, com o congelamento de bens e proibição de viagens.
Os outros sancionados são Igor Sechin, presidente executivo da petrolífera estatal russa Rosneft, Andrey Kostin, presidente do banco VTB, Alexei Miller, presidente da empresa de energia Gazprom, Nikolai Tokarev, presidente da empresa estatal russa de oleodutos Transneft, e Dmitri Lebedev, presidente do Conselho de Administração do Banco Rossiya.
No total, indica o Governo britânico, os sete possuem um património líquido coletivo de cerca de 15.000 milhões de libras (18.000 milhões de euros).
Na sequência das sanções, o clube londrino está, assim, impedido de vender bilhetes para jogos, negociar jogadores e o processo de venda foi suspenso na sequência das sanções anunciadas pelo Governo britânico ao proprietário, o russo Roman Abramovich.
1/ 4 Putin"s attack on Ukraine continues & we are witnessing new levels of evil by the hour. Today the Government has announced further sanctions against individuals linked to the Russian Government. This list includes Roman Abramovich, the owner of Chelsea Football Club.
- Nadine Dorries (@NadineDorries) March 10, 2022
A ministra da Cultura, Nadine Dorries, disse que o Chelsea ainda poderá jogar partidas e pagar aos funcionários, mas admitiu que as sanções "têm um impacto direto no Chelsea e nos adeptos".
"Temos trabalhado arduamente para garantir que o clube e o desporto nacional não sejam desnecessariamente prejudicados por estas importantes sanções. Para garantir que o clube possa continuar a competir e operar, vamos emitir uma licença especial que permitirá que os jogos sejam cumpridos, os funcionários sejam pagos e os titulares de bilhetes assistam aos jogos enquanto, crucialmente, Abramovich é privado de beneficiar da propriedade do clube", anunciou na rede social Twitter.
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Dorries admitiu que esta situação cria "alguma incerteza, mas o Governo trabalhará com a Liga e os clubes para permitir que o futebol continue a ser jogado, garantindo que as sanções atinjam os pretendidos".
Adeptos preocupados com a situação dos funcionários do clube
A TSF conversou com Dan Smith, o porta-voz da Associação Oficial dos adeptos do Chelsea, que esta preocupado com o futuro do clube e afirma que o tempo de Abramovich no Chelsea "terminou. Não há volta a dar. A venda vai ser promovida pelo Governo, não pelo proprietário. A venda do Chelsea terá sempre de passar pela autorização do Governo. Não sei quanto tempo vai demorar".
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Smith também confirmou que o estádio de Stamford Bridge estará com meia casa. "É uma situação ainda por definir, que está em desenvolvimento. Para já significa que o Chelsea tem vendidos apenas 25 mil bilhetes de temporada e esses adeptos podem assistir aos jogos em casa. Os restantes bilhetes são vendidos jogo a joga e por isso os adeptos não vão conseguir comprar novos ingressos. Assim, no domingo diante do Newcastle, o estádio do Chelsea vai ter apenas meia casa", revelou.
A associação de adeptos também está preocupada com a situação dos funcionarios do clube londrino. "O que nos preocupa são os salários dos funcionários do clube. Não dos jogadores, mas sim de quem ganha o ordenado mínimo", mas o porta-voz acredita que ainda "é cedo para medir as consequências" das sanções.
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Dan Smith também confirmou, em entrevista à TSF, que Associação Oficial dos adeptos do Chelsea está a organizar uma manifestação, para este fim de semana, no domingo antes do jogo em Londres com o Newcastle.
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