Sara Moreira, suspeita de ter usado substâncias dopantes durante os últimos mundiais de atletismo, foi ilibada, conta o jornal Record desta quarta-feira.
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O suplemento alimentar usado por Sara Moreira incluia uma substantial proibida que não estava indicada na composição, concluiu um laboratório especializado em Colónia, na Alemanha, numa análise pedida pela atleta.
A metilhexaneamina foi detectada na análise realizada nos mundiais de Daegu, Coreia do Sul, onde Sara Moreira foi 12.ª na final dos 3000 obstáculos.
Quando soube da noticia, em Outubro, a atleta apressou-se a dizer que só poderia tratar-se de um caso de contaminação de um suplemento alimentar que usou nessa altura.
A substância proibida em causa é um estimulante e é usada, frequentemente, em suplementos vitamínicos.
A atleta e a Federação Portuguesa de Atletismo vão, esta quarta-feira, em conferência de imprensa, dar explicações oficiais sobre o caso, mas tudo indica que este argumento servirá de atenuante no processo disciplinar que está aberto.
Não é certo que Sara Moreira escape a um castigo, mas a atleta conta voltar à competição rapidamente.
A última palavra pertencerá sempre à autoridade nacional Antidopagem e à Federação Internacional de Atletismo.
Na semana passada, quando a federação internacional anunciou os resultados definitivos, já depois das contra-análises, indicou que Sara Moreira e o velocista sul-coreano Hee-Nam Lim foram os únicos positivos nos quase 2000 testes de doping realizados nos mundiais. Os dois apresentavam a mesma substância.