"Se fosse eu, não me recandidatava." Manteigas diz que "está à vista o falhanço complexo e muito grave" de Rui Costa

João Diogo Manteigas não tem dúvidas: o despedimento de Bruno Lage depois da derrota na Liga dos Campeões é uma "consequência da gestão desportiva de Rui Costa". O candidato à presidência do Benfica critica as declarações do presidente encarnado na conferência de imprensa em que despediu Lage.

"Tal como tenho vindo a dizer ao longo do último ano da minha candidatura, é uma consequência da gestão desportiva do Rui Costa, é mais um falhanço. Vem aí um quinto treinador em quatro épocas desportivas, portanto está à vista de todos que é um falhanço complexo e muito grave. O projeto desportivo, seja ele qual for, também não existe à Benfica", comentou o candidato, em declarações à TSF. 

Questionado sobre o que teria feito, caso estivesse no lugar de Rui Costa, nesta altura da época, João Diogo Manteigas garante: "Nunca teria começado com Bruno Lage esta época, não faz sentido absolutamente nenhum. E se eu estivesse no lugar de Rui Costa ontem [terça-feira], naquela conferência de Imprensas, tinha anunciado que não era recandidato à Benfica e dizia apenas que ficava em posse. Portanto, até dia 25 de outubro, não me candidatava. Assumia o prejuízo que era para o Benfica, os problemas que era para o Benfica e simplesmente eu abdicava da minha candidatura."

Em relação à possível contratação de José Mourinho, o candidato garante que vai herdar tudo aquilo que a direção de Rui Costa deixar, mas não concorda com um acordo a longo prazo, dada a proximidade da data das eleições. "Herdo aquilo que o Benfica me vai dar. Se for José Mourinho é José Mourinho. Se for treinador na altura, não é o meu treinador, não fui eu que o escolhi. Isto está nas mãos da atual direção. Eu não concordo com estar a contratar um treinador para mais do que uma época. Mas eu estou disposto a herdar aquilo que o Benfica me dá. Com graça. Só espero que o Benfica me receba", disse.