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O caminho de Portugal para o Mundial 2026 de futebol arranca este sábado frente à Arménia, uma "seleção em transformação" e com pelo menos um jogador com quem a seleção portuguesa deve ter cuidado. Na TSF, Rui Mota, treinador português que conhece de perto o futebol arménio, partilhou a sua visão sobre este encontro, numa altura em pouco se sabe sobre o primeiro obstáculo de Portugal no apuramento para o próximo campeonato do mundo.
Rui Mota sagrou-se campeão no Noah, na época passada, no campeonato arménio. Ouvido pela TSF, começou por explicar que a Arménia "é uma seleção que está agora em transformação".
"Mudaram de treinador, porque não estavam a ter bons resultados. Embora o campeonato local esteja a evoluir, as coisas não estão bem na federação e é preciso uma reestruturação", disse.
Em relação à forma como o adversário de Portugal se vai apresentar em campo, Rui Mota não tem dúvidas que "será sempre uma seleção que estará atrás no terreno, mais defensiva.
Se Portugal estiver ao nível habitual, será um jogo com pouca história.
A nível individual, o treinador português destacou apenas um jogador com quem Portugal deve ter cuidado: Tigran Barseghyan, avançado dos eslovacos do Slovan Bratislava. "É um extremo com golo. Muito potente do ponto de vista físico", considerou.
Rui Mota sublinhou ainda que, "certamente, o estádio vai estar cheio, porque o povo arménio é muito dado à seleção. Gostam de criar bons ambientes". Ainda assim, garantiu: "não será um ambiente hostil para a seleção portuguesa." Ver os craques portugueses ao vivo, é uma "motivação" para os adeptos encherem o estádio.
O estádio poderá é não estar em bom estado, ressalvou: "Houve por lá um concerto há uns tempos que o deixou completamente destruído. Acredito que puseram um relvado novo, mas não sei se vai estar nas melhores condições."
Após a passagem com sucesso pelo futebol na Arménia, Rui Mota está agora na Bulgária a treinar o Ludogorets, onde já conseguiu garantir a qualificação para a Liga Europa.
Admitiu que um dos desejos era que o sorteio o fizesse cruzar com FC Porto ou SC Braga: "Era uma das coisas que nós queríamos enquanto equipa técnica portuguesa. Quando se está no estrangeiro, é algo que se gosta sempre, defrontar uma equipa do nosso país. Se calhar mais tarde."
Para já, a direção do clube búlgaro está satisfeita com os "objetivos cumpridos" por parte da equipa técnica lusa. Rui Mota quer uma aventura europeia "digna" esta época e, claro, renovar o título conquistado pelo clube na época passada. Por esta altura, lidera o campeonato local ainda sem derrotas.