"Ser treinador do Benfica não significa que vim para fazer guerra." Mourinho falou com Villas-Boas e Varandas
Ultrapassada a primeira prova do regresso de Mourinho, o treinador garantiu que 25 anos depois nada mudou, exceto na forma como alguns treinadores do campeonato nacional se relacionam
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Mais de duas décadas depois, José Mourinho está de regresso ao futebol português e estreou-se este sábado no comando do Benfica com um triunfo por 3-0 diante do AVS. Após o jogo, o treinador voltou a destacar a grandeza do clube da Luz, deixou um recado ao plantel e, já com o olhar no jogo frente ao FC Porto, garantiu que não voltou a Portugal para "fazer guerra".
Numa conferência de imprensa onde também se ouviu italiano e inglês, José Mourinho explicou que “os homens que jogam à bola fizeram um golo e na segunda parte, do ponto de vista mental, só foi preciso libertar os meninos”.
Ao intervalo, Mourinho correu para o balneário e pediu aos jogadores uma “atitude ganhadora”, sem dar hipótese ao AVS para discutir o jogo na segunda parte, prosseguiu. E com dedo do “special one”, assim aconteceu a vitória do Benfica na Vila das Aves.
Houve coisas que gostei muito. Jogando praticamente com os mesmos jogadores, conseguimos fazer coisas diferentes. Disse-lhes no fim: ‘Foi bom, mas nada de extraordinário. Despachem-se que amanhã temos treino’.
Ultrapassada a primeira prova do regresso de José Mourinho, o treinador garantiu que 25 anos depois nada mudou, exceto na forma como alguns treinadores do campeonato nacional se relacionam.
“Depois de vir para o Benfica, falei com o presidente de Villas-Boas e com o presidente Varandas. Temos boa relação, somos amigos e respeitamo-nos. O facto de eu ser treinador do Benfica não significa que venho para aqui para fazer guerra”, admitiu, lembrando o papel “importantíssimo” que desempenhou na história dos dragões.
“Se me perguntarem se o FC Porto é um dos maiores clubes do mundo, digo que sim. Se é um gigante, digo que sim. Não vim para o Benfica para chatear o FC Porto, vim para treinar um clube grande, com grandes ambições. Espero que não fiquem chateados comigo. O FC Porto faz parte da minha história e eu faço parte da história do Porto”, afirmou.
De resto, Mourinho deixou claro que não está de volta a Portugal por razões pessoais e que este não é um regresso definitivo a Portugal: “A minha casa é em Londres. É um contrato de dois anos com o Benfica e depois veremos. Vim porque é um gigante.”