Sindicato dos jogadores receia aumento de salários em atraso com alargamento da Liga
Joaquim Evangelista coloca muitas reservas, quanto à capacidade da Liga de Clubes em fiscalizar correctamente o licenciamento dos clubes, para participarem nos campeonatos profissionais. O Sindicato dos Jogadores teme que as dívidas aumentem e lamenta que os "grandes" não tomem posições de força.
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Mais clubes nas competições profissionais, podem representar mais salários em atraso para os jogadores. Este é um dos riscos do aumento de clubes, ontem proposto e votado por maioria na Liga de Clubes. «Não sendo a Liga capaz de honrar as obrigações dos clubes, porque é a Liga que licencia estes mesmo clubes para a competição, como é que não tendo capacidade para fiscalizar e controlar o cumprimentos das obrigações de trinta e dois clubes, vai conseguir fazê-lo relativamente a mais clubes?», questiona Joaquim Evangelista.
O presidente do Sindicato dos Jogadores, em entrevista à TSF, lamenta que num momento de acentada crise económica, nem todos sigam o mesmo caminho. «A Liga está a dividir o futebol português. O que me custa é que sejam figuras menores do futebol português a fazê-lo. O presidente da Liga não poe ficar reféns de algumas personagens que andam no futebol há vinte anos e que nada fizeram para o valorizar», conclui este dirigente.
A estrutura que representa os jogadores profissionais espera que exista «bom senso» da Federação e do Conselho Nacional do Desporto para não deixar passar este alargamento e denuncia que oita por cento dos clubes estão em falta para com os seus profissionais, lamentando que exista «uma prática divisionária, havendo jogadores do mesmo plantel priviligiados em relação a outros».