O presidente do sindicato dos jogadores profissionais de futebol, Joaquim Evangelista, diz que a proposta hoje aprovada pela Liga de clubes é uma hipocrisia. A Liga quer reduzir para apenas um salário mínimo a barreira mínima do que os atletas recebem.
Atualmente a barreira mínima que os jogadores profissionais de futebol recebem é o valor de dois salários mínimos e meio, ou seja, 1.212 euros por mês.
Mas, de acordo com a proposta hoje aprovada, a Liga quer reduzir para apenas um salário mínimo (485 euros) a barreira mínima do que os atletas recebem.
O sindicato dos jogadores profissionais diz que não é assim que se resolvem os problemas do futebol português.
Em declarações à TSF, Joaquim Evangelista, o presidente do sindicato, disse estar contra a proposta e acusou a Liga de se esquivar ao diálogo que tinha prometido.
«Foi criado um grupo de trabalho no âmbito da FPF e havia negociações com o sindicato para procurar soluções para o futebol, [mas] mais uma vez a Liga decidiu avançar sozinha, dando um passo hipócrita», contestou Evangelista.
No entender do sindicalista, a Liga «pretende dar a entender que com esta medida vai resolver os problemas, quando os problemas do futebol português não têm a ver com os salários mínimos dos jogadores mas com a falta de gestão dos dirigentes e da falta de regras de disciplina financeira».
Joaquim Evangelista disse ainda ter «pena de que mais uma vez a Liga tenha prestado um mau serviço ao futebol».
Para passar, a proposta da Liga terá de receber o aval do sindicato, o que está visto não irá acontecer.