Sindicato incentiva jogadores a parar e fazer "em conjunto o que Marega fez sozinho"
Joaquim Evangelista incentiva os jogadores profissionais de futebol a protestar de forma organizada contra o racismo e a violência no desporto.
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O presidente do Sindicato Nacional Dos Jogadores Profissionais De Futebol incentiva os jogadores a avançar com uma ação de protesto contra os sucessivos casos de racismo no desporto.
Em declarações no Fórum TSF, Joaquim Evangelista defende que os jogadores devem tomar uma posição, que o sindicato está disponível para apoiar.
O responsável pelo sindicato dos jogadores elogiou ainda Marega por, "sozinho", ter denunciado algo que "envergonha" todos os profissionais ligados ao futebol.
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"Não tem nenhuma indignação 'fiteira'. É uma indignação verdadeira de quem anda há mais de 15 anos a levar a cabo uma semana contra o racismo e discriminação no desporto."
Para Joaquim Evangelista, é essencial que os jogadores façam "em conjunto o que Marega fez individualmente: é pararmos todos, mas pararmos por uma causa digna, civilizacional".
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"Este ato deve convocar os jogadores numa tomada de posição maior relativamente à defesa da sua profissão e dignidade", num protesto em prol de "valores superiores" - contra o racismo, a violência, a xenofobia.
Por outro lado, também os dirigentes desportivos têm de fazer mais. Até agora, diz, gozam de um sentimento de "impunidade".
"Têm feito aquilo que toda a gente fez entre ontem e hoje... o problema são os outros dias."
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Por sua vez, também no Fórum TSF, o secretário Estado do Desporto defendeu que a Lei da Violência no Desporto está a funcionar.
A justiça funciona, os clubes são punidos, mas os tribunais levam tempo a aplicar as penas, justifica.
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Na opinião de João Paulo Rebelo, todos têm responsabilidade, incluindo os responsáveis por programas de comentário futebolístico que "incentivam discursos de ódio".
"O Governo tem de fazer a sua parte e os organismos do futebol têm de ser absolutamente intolerantes e implacáveis a tratar estas questões."
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Marega pediu para ser substituído ao minuto 71 da partida com o Guimarães por ter ouvido cânticos e gritos racistas de adeptos da formação vimaranense, numa altura em que os FC Porto vencia por 2-1, resultado com que terminaria o encontro.
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