Dragões foram muito perdulários na primeira parte. Depois do intervalo, a eficácia falou mais alto. Danilo foi o homem do jogo para a TSF. Veja os golos.
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O FC Porto venceu esta sexta-feira o Portimonense por 4-1, num jogo em que os dragões pareceram só perceber na segunda parte que, para marcar golos, é preciso acertar na baliza.
Foi com aplausos que o jogo começou no Dragão e era Jackson Martínez quem os originava. O colombiano, que marcou 92 golos em 136 jogos ao serviço dos dragões, entre 2012 e 2015, foi a estrela da entrada das equipas em campo.
O avançado tinha até sido dado como em dúvida para o jogo, mas a verdade é que surgiu no Dragão como titular do Portimonense, onde seria acompanhado por outra das estrelas da formação algarvia, Nakajima. O japonês pode estar prestes a render 20 milhões de euros.
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Aos oito minutos, os algarvios adiantaram-se no marcador, aproveitando de forma letal uma completa descoordenação da equipa portista. Os algarvios bascularam a bola da direita para a esquerda, de onde Nakajima descobriu, com um cruzamento de pé direito, a cabeça do defesa Vítor Tormena. O brasileiro subira à grande área portista para, de forma eficaz, marcar o primeiro da noite.
Os dragões não demoraram a responder. Aos 17 minutos, Brahimi introduzia a bola na baliza, mas o golo era anulado de forma instantânea. Embora não tenha tocado na bola, Soares impede Ricardo Ferreira de se atirar em direção à bola, sendo marcado um fora de jogo por interferência indireta na jogada.
Volvidos seis minutos, Marega nem precisou de chegar à terceira tentativa. A bola entrou pela segunda vez na baliza do Portimonense e, desta vez, o golo valeu mesmo. Alex Telles levanta a bola num pontapé de canto da direita e Marega, no centro da grande área, cabeceou para a baliza algarvia sem que Ricardo Ferreira tivesse qualquer hipótese. Estava feito o empate no Dragão. No banco, Sérgio Conceição mantinha-se fiel ao seu temperamento e, apesar de ter festejado o golo, deu um raspanete à sua equipa. Marcar golos não chegou para se dar por satisfeito.
As bolas paradas corriam bem ao FC Porto. Soares obriga Ricardo Ferreira a esticar-se para impedir que o FC Porto chegasse à vantagem após livre marcado pelo suspeito do costume, Alex Telles.
No Dragão, o ritmo de jogo era, no mínimo, altíssimo. À passagem da meia hora, Óliver descobriu Soares já no interior da grande área algarvia, mas o avançado brasileiro, pressionado pelos centrais, não conseguiu faturar.
Do outro lado do campo, Casillas não ia tendo muito trabalho e talvez por isso não tenha sido tão seguro como costuma ser quando foi chamado a vir a jogo. Aos 37 minutos teve que afastar um cruzamento com os punhos e, segundos depois, falhou ao tentar agarrar uma bola que, fortuitamente, acabou por afastar-se da grande área portista. De onde a bola não se afastava era da grande área algarvia.
Otávio foi lançado pela direita, mas repetiu apenas o que Soares tinha feito antes, não sendo capaz de marcar golo quando tinha apenas o guarda-redes pela frente. Aos 40 minutos, Soares repetiu a dose.
Quem não estava nada contente com a exibição da sua equipa era Sérgio Conceição, algo que ficou bem patente quando, aos 40 minutos, tirou Óliver do campo para colocar Herrera no seu lugar. O espanhol apareceu vários furos abaixo do nível exibicional a que se tinha apresentado nos últimos jogos.
Um minuto volvido, Nakajima voltava a mostrar que tem capacidade para jogar a um nível mais alto. Em velocidade, o japonês recebe a bola e cruza-a com régua e esquadro para Jackson. O colombiano recebe e remata de pé direito, obrigando Casillas a ir à relva.
No duelo de guarda-redes, Ricardo Ferreira não ficava atrás do espanhol e, antes do intervalo, voltou a negar o golo a Soares, Brahimi e Marega por bem mais do que um par de vezes.
A segunda parte começou com o mesmo ritmo e eficácia com que a primeira tinha acabado. O FC Porto entrou mais pressionante, com Marega a ser a ameaça principal à baliza algarvia, mas sem capacidade para marcar.
Aos 54 minutos, Soares acertou finalmente com a baliza (o difícil era falhar). O avançado brasileiro desvia para a baliza uma bola de Marega, vinda diretamente da pequena área algarvia. Na origem deste golo, Brahimi fez um cruzamento em tudo igual ao de Nakajima no golo do Portimonense.
É precisamente no japonês que começa a jogada do terceiro golo portista. Nakajima perder a bola para Danilo e o trinco português sobe pelo corredor central. De forma simples, entrega a Brahimi que, só com Ricardo Fernandes pela frente, faz o terceiro.
O Portimonense não quis deixar o FC Porto sem resposta e Dener, aos 60 minutos, obrigou Casillas a uma defesa muito apertada.
Não acertou Dener, acertou Marega. Depois de Alex Telles ter lutado, por alguns segundos, com a bandeirola de canto, lá conseguiu marcar um canto. A luta valeu a pena, tanto que o canto encontrou um desvio portista que acabou nos pés de Marega. Estava feito o quarto.
Apesar da vitória que se registava no Dragão, o aplauso da noite ficou guardado para o minuto 75. Jackson Martínez saía do campo - isto quando já estava em dificuldades desde a primeira parte - e o Dragão agradecia os 92 golos do colombiano com uma salva de palmas monumental.
Se o segredo da vitória do FC Porto foi passar a acertar na baliza, parece que nos últimos 15 minutos houve uma perda de memória coletiva. Os portistas voltaram a desperdiçar oportunidades atrás de oportunidades e só não venceram por mais por culpa própria.
Aos oito minutos, Tormena cabeceou para o fundo da baliza de Casillas, fazendo o 0-1 a favor do Portimonense.
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Brahimi marcou aos 17 minutos, mas o golo foi anulado por fora de jogo de Soares.
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Corriam 23 minutos da partida quando Marega marcou e fez o empate no Dragão.
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Aos 57 minutos, Soares acertou finalmente na baliza e consumou a reviravolta portista.
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Jogava-se o minuto 59 quando Brahimi conclui da melhor maneira um contra-ataque.
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Aos 65 minutos, Marega bisou na partida.
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Onze do FC Porto: Casillas, Corona, Felipe, Militão, Alex Telles, Otávio, Danilo, Óliver, Brahimi, Marega e Soares
Onze do Portimonense: Ricardo Ferreira, Manafá, Lucas, Tormena, Ruben Fernandes, Pedro Sá, Jadson, Dener, Paulinho, Nakajima e Jackson Martínez
Suplentes do FC Porto: Vaná, André Pereira, Adrián, Mbemba, Herrera, Hernâni e Maxi Pereira
Suplentes: Nedeljko, Ryuki, Hackman, Tabata, João Carlos, Lucas Fernandes e Wellington