Veja os golos. Os italianos lideram agora o grupo D da Liga Europa, com seis pontos.
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A Atalanta de Gasperini gosta de pressionar alto, muito alto, e foi precisamente assim que esta quinta-feira venceu o Sporting por 2-1 num jogo a contar para a segunda jornada do grupo D da Liga Europa. Numa primeira parte em que sufocaram os leões, os italianos chegaram à vantagem por Scalvini e, ainda antes do intervalo, conseguiram o segundo golo por Ruggeri.
Amorim ainda mexeu na equipa ao intervalo, mas apesar da melhoria na segunda parte, só depois de reduzir por Gyökeres, através de grande penalidade, é que os leões deram real trabalho. Mas 15 minutos não bastaram para mudar o jogo, apesar de Catamo ter enviado uma bola ao poste e de Musso ter negado o empate a Edwards no minuto seguinte ao do penálti de Gyökeres.
Com este resultado, os italianos chegam à liderança do grupo com seis pontos, mais três do que Sporting e Sturm Graz, que esta tarde venceu o Rakow.
A principal novidade no onze de Rúben Amorim para esta segunda jornada europeia foi a aposta na titularidade do espanhol Fresneda - a primeira do espanhol desde que chegou a Alvalade -, a par do regresso, ainda que para o banco, de Coates, recuperado de lesão. Assim, Gonçalo Inácio assumiu o lugar de central pelo meio, como já o tinha feito quando o uruguaio teve de abandonar o relvado em Faro.
Mas voltemos a Lisboa. Os homens de Gian Piero Gasperini mostravam, desde o primeiro minuto, que estavam em Alvalade para defender logo desde a baliza de Adán, com uma pressão fortíssima logo sobre a defesa. O foco especial acabou por ser Diomande, que já mostrou que não se atrapalha com a bola nos pés, mas a quem os italianos quiseram desde logo dificultar a vida. E a par dele, a Adán, que ao quarto de hora de jogo já somava um par de bolas enviadas para fora das quatro linhas perante a aproximação ora de Lookman, ora de De Ketelaere.
Certo é que a pressão da Atalanta fazia com que o Sporting se mantivesse longe da baliza italiana, quase isolando Paulinho lá na frente e fazendo Gyökeres correr mais para defender do que para atacar. E o sufoco italiano tanto durou, que fez mossa.
O desenho ofensivo nasceu no corredor direito e a bola entrou nas costas de toda a defesa leonina para surgir Zappacosta junto à linha de fundo. Cruzou atrasado e Scalvini - que é defesa central - só teve de fazer o mais simples: encostar para o 1-0.
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E feito o primeiro, o Sporting demorou pouco a encaixar um segundo golo, desta vez pelo corredor contrário. Ruggeri trocou de papéis com Lookman e apareceu na grande área a correr ao lado de Diomande. Perante Adán tentou fazer a bola passar por baixo do corpo do espanhol, que defendeu de forma incompleta, pelo que a bola continuou a fazer o seu caminho até à baliza. Ruggeri ainda lá foi dar o toque fatal.
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O intervalo chegava a Alvalade, mas para alguns adeptos o apito de Hernández teve o efeito de acabar com o jogo, já que houve quem abandonasse o estádio. Já não viram entrar Coates, Edwards e Catamo, lançados no regresso dos balneários para os lugares de Hjulmand, Nuno Santos e Paulinho.
Assim, Matheus Reis encostou à lateral esquerda, Pote assumiu-se como segundo médio ao lado de Morita e Gyökeres passou a ser ladeado por Edwards e Catamo. E foi o britânico o primeiro a fazer-se notar. Aos 50' ganhou um livre direto frontal que foi batido de forma curta e, na sequência dessa jogada, tirou um cruzamento muito tenso a partir da direita que, com um desvio mais sólido do que aquele que Inácio lhe aplicou, teria feito a bola ir parar ao fundo da baliza.
Gasperini também respondeu com banco. Tirou Djimsiti - amarelado no lance com Edwards - e De Ketelaere para lançar Tolói e Scamacca. Certo é que o Sporting parecia ter encontrado um espaço mais confortável no jogo, ainda que pouco ameaçador para os italianos. E faltava espaço a Gyökeres.
Só que Alvalade teve, finalmente, algo que festejar quando aos 74' Diomande rematou à entrada da grande área e viu Scalvini cortar a bola com a mão. O árbitro Alejandro Hernández foi chamado pelo VAR a ver as imagens e decidiu pelo castigo máximo. Gyökeres, que já tinha convertido dois em Faro, repetiu a dose: guarda-redes para um lado, bola para o outro, um toque no poste, e golo.
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Começava a loucura em Alvalade: no minuto seguinte já Edwards se isolava perante Musso, mas o italiano venceu o duelo com uma "mancha" gigante. E mais uns segundos e era Catamo, com Edwards agora no papel de assistente, a bater Musso, mas não o poste da baliza.
Gasperini percebeu o que se passava ali e respondeu novamente com uma substituição, desta vez tirando o recém-amarelado Scalvini para lançar no jogo Palomino. E que calafrios terá sentido quando viu Tolói, que também já tinha amarelo, parar Gyökeres com tudo o que tinha nos limites da legalidade. Arriscou-se a ir para rua.
A última cartada de Amorim, que já tinha lançado Esgaio antes dos 70' para o lugar de Fresneda, foi Daniel Bragança que entrou para o lugar de Matheus Reis já para lá dos 90'. O português fez uma falta que queimou quase minuto e meio dos cinco de compensação dados e pouco mais se viu em Alvalade. Até porque Esgaio e Edwards também conseguiram perder um minuto a tentar bater um pontapé de canto.
Onze do Sporting: Adán, Diomande, Gonçalo Inácio, Matheus Reis, Fresneda, Hjulmand, Morita, Nuno Santos, Pote, Paulinho e Gyökeres
Onze do Atalanta: Musso, Scalvini, Djimsiti, Kolasinac, Zappacosta, De Roon, Éderson, Ruggeri, Koopmeiners, De Ketelaere e Lookman
Suplentes do Sporting: Israel, Diogo Pinto, Coates, Edwards, Luís Neto, Essugo, Catamo, Bragança, Esgaio, Quaresma, Tiago Ferreira e Rodrigo Ribeiro
Suplentes do Atalanta: Carnesecchi, Rossi, Tolói, Holm, Palomino, Pasalic, Muriel, Scamacca, Bakker, Adopo, Hateboer e Miranchuk
O jogo teve arbitragem do espanhol Alejandro Hernández, auxiliado por José Naranjo e Diego Sanchez Rojo. No VAR estiveram os também espanhóis Guillermon Cuadra e Cesar Soto Grado.
Na primeira jornada, o Sporting venceu fora o Sturm Graz (2-1) e a Atalanta bateu em casa o Rakow (2-0).