O Sporting qualificou-se para os quartos de final da Taça de Portugal, ao derrotar o Belenenses, da Liga de Honra, por 2-0, em jogo dos oitavos de final disputado no estádio José Alvalade.
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No primeiro tempo, o Sporting foi incapaz de romper a estratégia defensiva dos "azuis", organizados num 4x5x1, com um bloco baixo e uma especial preocupação e eficácia a fechar os corredores laterais.
O Belenenses "asfixiou" o futebol lento, previsível e sem soluções do Sporting, que, não conseguindo carrilar jogo pelas alas, não teve imaginação para criar espaços de penetração, situação agravada pela lentidão da sua circulação de bola.
A equipa do Restelo não só defendeu bem, como soube aproveitar o facto de o Sporting subir muito as linhas para efetuar rápidas transições ofensivas que estiveram na origem das duas boas oportunidades de golo que criou e que poderiam ter complicado muito a tarefa aos "leões".
Os lances em causa ocorreram aos 25 e 32 minutos, sendo que no primeiro a defesa "leonina" permitiu que, na sequência de um canto, Belenenses criasse uma situação de superioridade numérica de 3x1, erro inadmissível, que só não teve consequências porque Rui Patrício evitou o pior.
Todavia, na segunda parte tudo se alteraria, a partir do momento em que o Sporting, tirando partido da confiança crescente que os adversários foram adquirindo face à evolução do jogo, acabou por "aniquilar" o jogo com a "arma" da estratégia adversária.
O Belenenses entrou para a segunda parte de "peito cheio", a fazer aquilo que não tinha feito na primeira, ou seja, a subir as linhas e afoitar-se no meio-campo leonino, o que lhe foi fatal.
Na resposta a um lance de ataque organizado do Belenenses, aos 50 minutos, o Sporting produziu rápido contra-ataque iniciado em Carriço, continuado por Insúa e concluído por Wolfswinkel, apanhando a defesa azul totalmente descompensada, para chegar ao golo e "abrir a porta" dos quartos de final da Taça.
O primeiro golo foi decisivo no desfecho do jogo, já que o Belenenses foi obrigado a assumir iniciativa e expor-se em demasia perante um adversário com jogadores cuja qualidade individual é muito superior ao do adversário.
O Sporting, que entrou para a segunda parte bem mais mexido e agressivo, certamente por intervenção de Domingos ao intervalo, a controlar literalmente o jogo, chegaria ao segundo golo aos 66 minutos, na sequência de uma tabela simples e eficaz da dupla holandesa Wolfswinkel/Schaars, concluída por este último.
Bojinov, deslocado no flanco direito, tal como sucedera frente ao Zurique para a Liga Europa, voltou a passar ao lado do jogo, não agarrando a oportunidade que Domingos lhe deu, e que levou o treinador a substituí-lo ao intervalo, por Carrillo.
Sob a arbitragem de Bruno Esteves, as equipas apresentaram-se do seguinte modo no Estádio de Alvalade.
<b>Sporting</b>: Rui Patrício, João Pereira (Arias, 80), Onyewu, Anderson Polga, Insúa, Daniel Carriço, Elias (André Martins, 70), Schaars, Bojinov (Carrillo, 46), Van Wolfswinkel e Diego Capel.
Suplentes: Marcelo Boeck, Evaldo, Carrillo, Arias, André Santos, André Martins e Diego Rubio.
<b>Belenenses</>: Coelho, Duarte Machado, Léo Kanú, Pedro Ribeiro, Igor Pita, Koukou, Victor Silva (Zázá, 90+1), Rodrigo António (Geovane Maranhão, 78), Miguel Rosa, Sidnei (Fredy, 66) e Abel Camará.
Suplentes: Paulo César, Ricardo Viegas, Fredy, Tiago Almeida, Zázá, Rafael Santos e Geovane Maranhão.
<b>Ação disciplinar</b>: cartão amarelo para Miguel Rosa (12), Sidnei (22), João Pereira (43), Abel Camará (60), Diego Capel (85) e Igor Pita (90+2).
[Texto escrito com o novo acordo ortográfico]