O surfista havaiano Garrett McNamara voltou hoje à Praia do Norte, na Nazaré, e, após testar um mar mais calmo do que segunda-feira, sublinhou estar «preparado para tudo», sem estar impaciente por nova vaga de ondas gigantes.
Corpo do artigo
«Eu não espero nada, porque se eu tivesse expetativas podia ir-me abaixo. Eu tenho de aguardar pelo que aí vem. Estou preparado para tudo, mas não espero nada», afirmou o havaiano, de 46 anos, após nova sessão do projeto que protagoniza na Nazaré.
McNamara, o britânico Andrew Cotton e o português Hugo Vau enfrentaram várias ondas, bastante menores do que na segunda-feira, quando o brasileiro Carlos Burle e o próprio Cotton surfaram ondas passíveis de superar a recordista de McNamara.
«Estava muito suave e limpo, dava mesmo para surfar hoje, enquanto no outro dia estava com muitos sobressaltos. Hoje estava suave e lindo», referiu McNamara, reiterando que o «canhão da Nazaré» é «surpreendente, porque todos os dias há ondas enormes».
Depois de quase três horas na água, Cotton disse ter apreciado o momento de treino, rejeitando que na segunda-feira tivesse havido qualquer «rivalidade» com os restantes surfistas.
«Essa é uma coisa boa em surfistas e surfistas de ondas gigantes, todos se apoiam, todos conseguem boas ondas e ninguém luta por elas. Foi um dia muito bom (na segunda-feira), mas dias como o de hoje são perfeitos para treinar, porque o mar continua massivo. Foi fantástico», referiu Cotton.
A 01 de novembro de 2011, McNamara bateu pela primeira vez na Praia do Norte o recorde da maior onda surfada, com um registo certificado pela Guiness World Records. Esta mesma onda, valeu-lhe o prémio de maior onda da competição Billabong XXL Global BigWave Awards.
O havaiano continuou a tentar a sorte na Nazaré, tendo surfado, a 28 de janeiro de 2013, uma onda que se acredita possa ter chegado aos 30 metros. No entanto, McNamara retirou-a do concurso da Billabong, por ser «fortemente contra» o consumo de álcool e aquele ser patrocinado pela cerveja mexicana Pacífico.
Na altura, McNamara realçou o seu gosto pelo surf, considerando que não necessitava que um painel da Billabong medisse a dimensão da onda.
Na última segunda-feira, além de Burle, também Cotton surfou uma onda que se considera passível de superar a de janeiro de McNamara, enquanto os brasileiros Felipe Cesarano, Pedro Scooby e Maya Gabeira, que ficou inconsciente e fraturou o perónio direito, também investiram em ondas gigantes.