Portuguesa ficou em oitavo lugar na prova de K1 200 metros e admite que o apuramento direto já não depende de si.
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A canoísta portuguesa Teresa Portela foi oitava classificada na final da prova de K1 200 metros dos mundiais da Hungria, falhando assim o apuramento direto para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020.
Numa prova ganha pela neozelandesa Lisa Carrington, já campeã mundial em título e também olímpica, que cumpriu o percurso em 39,39 segundos, a canoísta lusa fechou no oitavo posto, com mais 2,56 segundos do que a vencedora.
A polaca Marta Walkzykiewicz conquistou a medalha de prata, enquanto a dinamarquesa Emma Aastrand Jorgensen e a espanhola Teresa Portela terminaram no terceiro lugar, conquistando ambas a medalha de bronze.
Agora, a atleta do Benfica aguarda pela desdobragem de atletas na categoria K1 500, sendo que cada apurada nos 200 que também o consiga nos 500 liberta um lugar para a distância mais curta. A atleta portuguesa precisa que pelo menos três das cinco primeiras em K1 200 o faça na final de domingo dos 500.
Em K1 200, Teresa Portela já tinha conseguido dois 'top 5' em mundiais de canoagem, bem como quatro medalhas em Europeus, destacando-se o ouro em 2011, em Racice, República Checa.
Teresa Portela foi olímpica em Pequim2008, Londres2012 e Rio2016.
"Já não depende de mim"
A canoísta Teresa Portela lamentou ter falhado o apuramento direto para Tóquio2020 na prova de K1 200 dos mundiais da Hungria, confiando que vai conseguir a vaga no K4 500 de Portugal.
"Não posso fazer mais nada, por isso é tentar fazer uma boa prova esta tarde no K4, que é a grande aposta, e conseguir o apuramento. No K1 200 já não depende de mim, é aguardar", disse.
Para conseguir a vaga nos 200 metros, a canoísta de Esposende precisa que três das cinco primeiras nesta distância também se apurem no K1 500, no domingo.
"Larguei bem outra vez, consegui ir perto delas, mas no final cedi e perdi pelo menos uma posição. Tinha sido muito melhor o sétimo, pois dava-me mais hipóteses", admitiu.
O vento estava contra, situação que não a beneficia, contudo o mesmo "abrandou" na altura da competição, pelo que, assume, "devia estar justo para todos".
"Compito muito melhor com vento a favor, acho que me ajuda. Já sabia que ia ser uma prova mais dura pelo vento, mas ainda assim acho que estive a disputar os primeiros lugares até aos 100 metros. Depois, acabei por ceder, mas continuei a fazer uma boa prova. Fico com o oitavo lugar no mundial", constatou.
Teresa Portela recorda que os números para os Jogos Olímpicos a atribuir nos mundiais diminuíram e "há muitos países a querer o mesmo", pelo que o êxito é "cada vez mais difícil".
À tarde, com Joana Vasconcelos, Francisca Laia e Francisca Carvalho, é tentar ficar entre as nove finalistas, sabendo que os primeiros lugares na final B também lhes pode garantir o êxito, face às normais desdobragens.