Tiago Teixeira "surpreendido" pela saída antes de jogo com Benfica e confessa sensação de "frustração" e "impotência"
Deixou de trabalhar com João Pereira após dois anos juntos. Em entrevista à TSF, o antigo adjunto da equipa principal do Sporting adianta que recusou, entretanto, uma proposta para treinar no estrangeiro
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A escassez de "tempo para preparar os jogos", as lesões e "alguma falta de sorte" são as razões encontradas por Tiago Teixeira para o insucesso na equipa principal do Sporting. Em entrevista à TSF, o antigo adjunto de João Pereira não se arrepende de ter aceitado o convite, embora reconheça que não "encontrou o melhor contexto para desenvolver a ideia" pretendida.
A equipa técnica, reconhece, tinha a noção de que era importante "ir ganhando" até chegar o jogo com o Benfica, mas confessa que foi "surpreendida" pela saída na semana que antecedeu essa partida, no final de dezembro.
Desde a estreia com o Amarante, o Sporting pós-Rúben Amorim jogou sempre de "três em três ou de quatro em quatro dias", fase que terminaria frente ao Gil Vicente, no encontro imediatamente antes do duelo com as águias. "Era o jogo em que íamos ter os atletas completamente recuperados e iniciar uma semana limpa de treinos. Só a partir daí é que poderíamos fazer mais algumas coisas. Antes disso era recuperar e jogar, recuperar e jogar. Não podíamos fazer muito e, com o elevado número de lesões que tivemos, as coisas tornaram-se mais difíceis".
Tiago Teixeira compara "os clubes às empresas", salientando que, "às vezes, não se concorda com as decisões", mas que é "preciso respeitar". "Se [os dirigentes] não estão contentes com quem lidera o processo, tomam decisões para alterar", refere.
Olhando para a curta experiência de um mês e meio, assombrada por quatro derrotas em oito jogos, confessa que, face ao contexto, sai com "alguma frustração" e com uma sensação de "impotência por não conseguir fazer melhor". Recusando a ideia de que a equipa técnica "sentiu desconfiança" por parte dos jogadores, quando assumiu a batuta, lamenta a falta de sorte. "Às vezes, a bola bate no poste e entra e, outras vezes, vai ao poste e sai. Tivemos jogos em que criamos bastantes oportunidades e não conseguimos ganhar. Não fomos felizes nesse aspeto", enaltece.
Em relação ao início do trajeto, Tiago Teixeira "não estava à espera" que a possibilidade de ingressar na equipa principal chegasse naquele momento, mas sim no final da época. Ainda assim, garante que "não houve qualquer hesitação" no momento de aceitar o convite. "Não podíamos deixar passar esta oportunidade", vinca, garantindo agora que sai de "consciência tranquila".
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