Carlos Mozer, treinador da Naval 1.º de Maio, não está inscrito como treinador, porque, segundo diz, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) prometeu dar-lhe equivalência aos cursos tirados no Brasil, algo que não aconteceu.
Corpo do artigo
Mozer tem o terceiro nível tirado no Brasil e uma grande experiência, primeiro enquanto jogador e depois como treinador, por isso entende que um «canudo» não é tudo.
«A Federação não quer reconhecer aquilo a que tenho direito», queixou-se, frisando que anda no futebol «há muitos anos», tendo passado, por exemplo, por Angola e Marrocos.
Mozer não exclui a possibilidade de continuar na Naval na próxima temporada, mas depende se a manutenção for alcançada.
Uma fonte da FPF, contactada pela TSF, nega alguma vez ter feito promessas a Carlos Mozer, remetendo o assunto para a legislação em vigor sobre as equivalências.
O presidente da Associação Nacional de Treinadores, que é parceira da FPF, explicou que Mozer não reúne os requisitos necessários para lhe ser atribuída a equivalência.
«As habilitações estão claramente definidas nesta altura, os processos de equiparação têm um regulamento» e Moser «não cumpre os requisitos para trabalhar» no futebol europeu, afirmou, lembrando que o técnico trabalhou noutros países onde a UEFA não está presente.
Por ter sido internacional brasileiro, o treinador tem o nível um, mas para os restantes níveis (dois, três e quarto) necessita de fazer os cursos homolgados pela UEFA, segundo Silveira Ramos.
Uma equipa como a Naval «pode ter acesso a competições europeias e está sujeita aos regulamentos da EUFA», reforçou.