A situação financeira da União de Leiria, cuja continuidade na Liga portuguesa de futebol está em risco, foi abordada na quinta-feira, em reunião da Direção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), mas os elementos diretivos rejeitaram «abrir precedentes».
Corpo do artigo
A possibilidade de «ajudar» o clube leiriense, reforçando o fundo de garantia salarial comparticipado pela FPF e pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e gerido pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), foi discutida antes da entrada na ordem de trabalhos da reunião e declinada pela Direção federativa, disse hoje à agência Lusa fonte ligada ao processo.
Também a possível criação de um novo fundo de garantia salarial, por parte da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), foi referida na reunião diretiva, que apenas não contou com a presença de Pauleta e que aprovou por unanimidade a revisão do protocolo entre a FPF e a Liga para a introdução de equipas B na Liga de Honra, acrescentou a mesma fonte.
No sábado, à margem das cerimónias do centenário do Olhanense, o presidente da FPF, Fernando Gomes mostrou-se preocupado com a situação da União de Leiria, admitindo a possibilidade de ajudar os clubes em dificuldades de «forma consciente», mas que, neste caso em concreto, ninguém do clube solicitou a intervenção federativa.
«Na medida das possibilidades e responsabilidades da FPF, respeitando sempre a delegação de competências dada à LPFP para a organização das competições profissionais, a FPF tem sempre manifestado e já manifestou a todos os sócios que está disponível para ajudar a encontrar soluções para o futebol português e colaborar com as entidades que têm a responsabilidade direta sobre estes assuntos», referiu.
Na sexta-feira, 16 jogadores da União de Leiria anunciaram a rescisão dos seus contratos, devido à situação de salários em atraso, sobrando apenas seis elementos com contrato no plantel, em vésperas do jogo da 28.ª e antepenúltima jornada da Liga, com o Feirense, marcado para as 16:00 de hoje.