A TSF apurou que entre os argumentos apresentados pela SAD do Sporting ao treinador está o de não ter vestido o fato oficial do clube no jogo com o Vizela, da Taça de Portugal.
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Na reunião desta tarde, Marco Silva foi confrontado com a quebra de confiança no relacionamento com a SAD e convidado a escolher um de dois cenários: ou saía do Sporting recebendo apenas o salário até ao fim do mês de junho ou seria alvo de um processo disciplinar com vista ao despedimento.
O treinador, que ainda tem mais três anos de contrato com o Sporting, não abdicou do que tem direito. Ou seja 2,1 milhões de euros até 2018.
Na base desta ação está por exemplo o facto de Marco Silva ter sido convocado para uma reunião na terça-feira a seguir à conquista da Taça de Portugal, no Jamor. O Sporting alega que Marco Silva se manifestou indisponível, porque iria participar num curso de treinadores em Fátima, o que não chegou a acontecer.
Quem acabou por estar presente no tal curso foi Augusto Inácio, o diretor para o futebol do Sporting, motivo pelo qual a reunião foi adiada. No entanto, Marco Silva é acusado de ter faltado ao encontro com o presidente, mas este não é o único argumento da SAD leonina.
Há uma outra justificação, sabe a TSF, para despedir o treinador por justa causa: o discurso de Marco Silva não se enquadrou nas linhas programáticas da administração.
Marco Silva foi mesmo confrontado com momentos, durante a época, em que as respostas que deu em conferências de imprensa não corresponderam às instruções dadas previamente pela hierarquia.
Algo que fonte da direção do Sporting nega, dizendo que o treinador teve uma postura provocatória e desleal ao longo da temporada e que prefigurava uma tentativa de despedimento para ser indemnizado.
Na nota de culpa, também vem um outro argumento: o treinador do Sporting não utilizou o fato oficial do clube no jogo com o Vizela, para a Taça de Portugal.
Fonte ligada ao processo disse ainda à TSF que 90% dos factos que constam no processo disciplinar levantado pelo Sporting já prescreveram mas que mesmo assim nunca constituiriam motivo para despedimento com justa causa. O Sporting não concorda com esta alegação, lembrando que não há prescrição de factos quando estes são reiterados ao longo da época.
Na encontro que durou cerca de 3 horas estiveram presentes Marco Silva, Carlos Vieira administrador da SAD, dois vogais do conselho diretivo e uma representante jurídica da SAD. Bruno de Carvalho, ao que a TSF apurou, não compareceu na reunião.