Villas-Boas "sonha" com FC Porto campeão e elogia Farioli numa gala em que lembrou Pinto da Costa, Jorge Costa e Diogo Jota

Foto. FC Porto
O presidente do FC Porto destacou o forte investimento na melhoria do plantel e recordou as figuras marcantes do clube: "Sem memória, não há história nem futuro"
O presidente do FC Porto acredita que a equipa vai conquistar o título esta época. Na 38.ª gala dos Dragões de Ouro, André Villas-Boas considerou que o arranque da nova temporada tem trazido "sinais encorajadores", destacou o forte investimento na melhoria do plantel e elogiou o trabalho do técnico Francesco Farioli.
"Farioli é um treinador jovem, mas com um percurso sólido. Representa bem o equilíbrio entre o respeito pelo nosso ADN competitivo e uma abordagem moderna. Fomos ao mercado com rigor. Investimos mais de 100 milhões de euros num plantel que combina experiência e juventude, talento e caráter. No FC Porto não basta jogar bem, é preciso compromisso com o clube e os adeptos. O sonho de sermos campões está presente em cada treino, em cada reunião e em cada decisão que tomamos. Esse sonho só faz sentido porque é partilhado por todos, sonhamos e queremos este título para que o possamos dedicar a quem tanto deu por nós e pelo FC Porto", disse.
Em balanço da época 2024/25, a primeira da atual administração, o dirigente admitiu que o clube cometeu erros que impediram a equipa de ir além do terceiro lugar na I Liga, mas salientou o lançamento de projetos estruturantes para o futuro.
"Sabemos que foi um ano duro. Tivemos conquistas importantes, lançámos projetos estruturantes, mas não conseguimos o título nacional que todos desejávamos. Houve momentos de frustração, erros que assumimos sem problema. O mais importante é que o clube não se escondeu. Por isso, este não foi um ano perdido", analisou.
Durante o discurso, Villas-Boas, recordou o seu antecessor, Jorge Nuno Pinto da Costa, e o ex-jogador Jorge Costa como figuras marcantes do clube, na gala anual do líder da I Liga de futebol.
"Nos últimos meses, o FC Porto perdeu duas grandes figuras que marcaram profundamente a nossa vida associativa. [...] Estas perdas doem, tocam-nos enquanto portistas e pessoas. Mas, ao mesmo tempo, obrigam-nos a olhar para o legado que deixaram e a transformá-lo em responsabilidade. Sem memória, não há história nem futuro", reiterou.
A cerimónia, segunda da presidência de Villas-Boas, distingue as figuras que mais se destacaram no universo "azul e branco" na época 2024/25, através da entrega de estatuetas.
"Partiu Pinto da Costa, o presidente dos presidentes, o homem que transformou este clube numa referência mundial. Acreditou sempre que o FC Porto poderia ser muito maior e guiou-o a décadas de conquistas, as mais importantes do futebol português", destacou, acrescentando que o malogrado dirigente foi "o maior dirigente desportivo do futebol mundial e o maior presidente da história do FC Porto".
Sobre Jorge Costa, que desempenhava funções de diretor do futebol quando faleceu, em agosto, Villas-Boas sublinhou o seu "exemplo de coragem, lealdade e paixão" pelo clube.
"Formado na casa, jogador da casa e veículo transmissor de energia, nobreza e alegria. "Adoro isto, adoro o balneário", dizia frequentemente. Se há alguém que nos inspira como ninguém, és tu, meu querido amigo Jorge", afirmou.
No capítulo das homenagens, Villas-Boas lembrou ainda os antigos jogadores do clube Diogo Jota e André Silva como "dois talentos que partiram demasiado cedo", mas cujo percurso, a seu ver, deve orgulhar todos os portistas.
Após o discurso, a gala prosseguiu com a entrega de prémios, que distinguiu Rodrigo Mora como futebolista do ano do FC Porto, entre outros galardoados.
