Vitinha pede que se fale mais dos jogadores e treinadores "e menos de tudo o resto"
O atual jogador do PSG considera que "não é positivo para ninguém" quando "se começa a falar em tudo o que não é o futebol jogado".
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Vitinha, campeão pelo FC Porto e atual jogador do PSG, recomendou aos responsáveis portugueses que falem mais dos jogadores e dos treinadores, em vez de outros assuntos.
"Quando se começa a falar em tudo o que não é o jogador, o futebol jogado, isso não é positivo. Não é positivo para ninguém. Temos muita qualidade de jogadores, de treinadores, temos matéria-prima e devíamos falar nisso e falar menos de tudo o resto", referiu em conferência de imprensa.
O jogador falava aos jornalistas em conferência de imprensa, na Cidade do Futebol, em Oeiras, minutos antes de mais um treino da seleção nacional, que prepara o embate do Grupo J, agendado para sexta-feira, em Bratislava, um jogo que Vitinha considera importante para as contas finais do grupo.
"Vai ser o maior desafio que nós tivemos até agora por ser uma boa seleção e por ser também um jogo fora. Contamos com um ambiente bom para se jogar, mas um jogo difícil e que vai puxar muito de nós, vai requerer a nossa máxima atenção, empenho e qualidade", acrescentou.
O médio lembrou que Portugal pode ficar perto do apuramento para o Euro2024 de futebol caso vença os próximos dois jogos e assumiu que o fecho do mercado de transferências dá outra tranquilidade aos jogadores.
"Ficamos mentalmente tranquilos após o fecho do mercado. Isso tirou uma nuvem da cabeça de toda a gente. Temos agora o jogo na Eslováquia, talvez o maior desafio até agora. Está no segundo lugar e sofreu apenas um golo. Esperamos dificuldades, ainda mais com eles a jogarem em casa", disse.
"Sabemos que podemos ficar perto do apuramento com duas vitórias. Penso que ficaremos apenas um ponto de garantir a qualificação. É isso que queremos. Frente à Eslováquia, queremos ser dominantes e pressionar bastante quando não temos a bola. É isso que vamos tentar fazer", frisou.
Questionado sobre se a seleção portuguesa é, com o selecionador Roberto Martínez, um grupo fechado em que poucos novos jogadores têm possibilidade de serem convocados, Vitinha rejeitou essa ideia e garantiu que "todos podem chegar" à equipa.
"Qualquer pessoa que diga que é um grupo fechado está enganada. A porta está aberta para entrar e sair. Quem está aqui, se não der o máximo sai facilmente. Quem não veio, tem de continuar a dar o máximo no seu clube", referiu.
A viver a segunda temporada no Paris Saint-Germain, Vitinha, de 23 anos, assumiu que ganhou "outro estofo" no emblema francês.
A seleção portuguesa de futebol continua esta terça-feira a preparar o duelo de sexta-feira na Eslováquia, de apuramento para a fase final do Euro2024, depois um primeiro treino a 'meio-gás', com vários ausentes.
Na segunda-feira, no arranque nos trabalhos na Cidade do Futebol, em Oeiras, o selecionador Roberto Martínez contou apenas com 13 dos 24 jogadores convocados, com o capitão Cristiano Ronaldo, o defesa Rúben Dias, o médio Bruno Fernandes e o guarda-redes Diogo Costa a estarem entre o grupo que realizou apenas trabalho de recuperação.
Pedro Neto, a novidade nos convocados do técnico espanhol, também falhou o apronto.
Portugal defronta a Eslováquia, em Bratislava, a 8 de setembro, e, três dias depois, a 11 de setembro, recebe o Luxemburgo, no Algarve.
Após quatro jornadas, a seleção nacional lidera o Grupo J, com 12 pontos, somando apenas vitórias, à frente da Eslováquia, segunda classificada, com 10, e do Luxemburgo, terceiro, com sete. Bósnia-Herzegovina e Islândia somam três pontos, enquanto o Liechtenstein continua a zero.
Os dois primeiros lugares do agrupamento dão acesso direto à fase final do Campeonato da Europa, que vai decorrer no próximo ano, na Alemanha.