O árbitro, de 58 anos, diz que chegou ao fim um ciclo, depois de 23 anos como árbitro e 10 no Conselho de Arbitragem. Vítor Pereira anuncia que não se recandidata ao Conselho de Arbitragem
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Vítor Pereira preside ao Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) desde 2011, quando foi eleito para o cargo nas lista de Fernando Gomes, depois de ter liderado a Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), sob as lideranças de Hermínio Loureiro e do mesmo Fernando Gomes, a partir de 2006.
"Ao fim destes 10 anos, que se sucederam a uma carreira de 23 como árbitro -- que incluiu a presença nos Campeonatos do Mundo de 1998 e 2002, no Campeonato da Europa de 2000, na final da Taça UEFA de 2001/02 e na Supertaça Europeia de 2001 -- termino agora um ciclo no dirigismo nacional, pelo que não me recandidatarei nas próximas eleições na FPF", afirmou Vítor Pereira, em comunicado.
O ainda presidente do CA da FPF distingue o panorama atual da arbitragem daquele que encontrou.
"Em 2006 herdámos um quadro de árbitros estigmatizado, em 2016 dirigimos um quadro de árbitros que dispõe das ferramentas necessárias para poder decidir com mais probabilidades de o fazer corretamente: a equipa por mim dirigida implementou o profissionalismo, um inovador plano de formação, mais de quatro dezenas de centros de treino em todo o país e uma academia de arbitragem que já está a dar frutos", sublinhou.
Vítor Pereira identificou melhorias no "nível de preparação dos árbitros das competições profissionais, os que têm maior visibilidade junto da opinião pública", realçando que "a política adotada teve também importantes resultados ao nível do recrutamento de novos árbitros e da respetiva retenção na atividade".
"Para que estes resultados fossem conseguidos, foram determinantes as lideranças de Hermínio Loureiro e Fernando Gomes, aos quais agradeço a autonomia, a confiança e as condições de trabalho que me foram proporcionadas na LPFP e na FPF", vincou.
Além de elogiar os dois dirigentes, Vítor Pereira assumiu ainda o seu apoio à reeleição de Gomes nas eleições marcadas para 4 de junho.